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Brasil A internação de jovens nas UTIs brasileiras atinge recorde na pandemia

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Levantamento da Associação de Medicina Intensiva Brasileira mostra que, em março, 52% das internações nas UTIs foram de pessoas com até 40 anos. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

UTIs lotadas e pacientes intubados representam o que o coronavírus tem de mais assustador. No começo da pandemia, leitos eram ocupados principalmente por idosos com doenças pré-existentes, como diabetes e hipertensão. Agora, pouco mais de um ano depois, o perfil é outro.

Um levantamento da Associação de Medicina Intensiva Brasileira confirma o que os médicos já vinham observando no dia a dia: os mais jovens são maioria nas UTIs do país. No mês passado, 52% das internações nas unidades de terapia intensiva foram de pessoas com até 40 anos.

É o maior percentual já registrado durante a pandemia. Entre setembro do ano passado e fevereiro desse ano, pacientes dessa faixa etária eram 44% dos internados nas UTIs.

“Os mais jovens ou por terem mais reserva cardíaca e respiratória melhor eles podem demorar mais para ter sintomas, então quando chegam ao hospital já estão em estado mais avançado das doenças”, destaca Suzana Lobo, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

Os números reforçam essa tendência. Em março, 68% dos pacientes internados em UTIs precisaram de ventilação mecânica; 39% a mais do que o registrado entre dezembro de 2020 e fevereiro deste ano.

O médico Gianfranco Poli, de 37 anos, ficou quase um mês internado com Covid. E nem condicionamento físico de triatleta amador evitou o agravamento da doença. Agora, ele luta para superar o que passou para voltar ao trabalho.

“Perdi 20 quilos, estava completamente debilitado. Não tomava banho sozinho, não escovava os dentes, não comia sozinho, como se eu tivesse virado um bebê gigante. Eu estou me preparando psicologicamente, tratando esse lado também para poder voltar o mais seguro possível”, relata.

Se a internação dos mais jovens cresce, a de idosos vem caindo. Apenas 7% dos pacientes com Covid nas UTIs em março tinham mais de 80 anos. Uma queda de 42% na comparação com o acumulado dos três meses anteriores.

A presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira lembra que a falta de oxigênio e de medicamentos em várias cidades do país são sinais de que os hospitais já não conseguem dar conta de tantos pacientes. E que solução para a pandemia está longe das UTIs.

“A principal medida é diminuir a transmissão respiratória do vírus na comunidade. Ou seja, aquelas medidas que a gente já conhece bem de distanciamento social e de restrição da mobilidade social naquelas áreas em que o sistema de saúde está saturado. Nós precisamos segurar a pandemia, a transmissão fora do hospital”, destaca.

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https://www.osul.com.br/a-internacao-de-jovens-nas-utis-brasileira-atinge-recorde-na-pandemia/ A internação de jovens nas UTIs brasileiras atinge recorde na pandemia 2021-04-11
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