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Mundo A morte de Winnie Mandela, militante sul-africana contra o apartheid, aos 81 anos

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Ativista contra o apartheid e ex-mulher do líder Nelson Mandela sofria de uma doença. (Foto: Reprodução)

Winnie Madikizela-Mandela, militante sul-africana que lutou contra o apartheid, morreu aos 81 anos nesta segunda-feira (2). Ela era ex-esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, morto em 2013, que se tornou um ícone na defesa da igualdade racial.

O porta-voz da família, Victor Dlamini, disse em comunicado que ela morreu em um hospital de Joanesburgo depois de “uma longa doença”, que a obrigou a ser internada várias vezes desde o início do ano. “Ela sucumbiu pacificamente nas primeiras horas da tarde desta segunda-feira cercada por sua família e entes queridos.” A causa oficial da morte, no entanto não foi divulgada.

Winnie e Nelson se casaram em 1958, seis anos antes de ele ser condenado à prisão perpétua pelo regime de minoria branca.

Durante os 27 anos de prisão de Mandela, Winnie continuou com a luta anti-apartheid, passou pela prisão, por prisões domiciliares, e confinamentos em uma localidade afastada de todos.

Winnie ressaltava a sua importância na luta do ex-marido enquanto ele esteve preso. “Se eu não tivesse lutado, Mandela não teria existido, o mundo inteiro o teria esquecido e ele teria morrido na prisão como queriam as pessoas que o prenderam”, declarou em entrevista concedida ao jornal francês “Le Journal du Dimanche”, em 2013.

Em 1991, ela foi condenada por cumplicidade no sequestro de um jovem militante à pena de prisão comutada por uma multa. Também foi condenada por fraude em 2003.

Conhecido como “Madiba” na África do Sul, Nelson Mandela foi foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 e 1993. Mandela ficou no poder de 1994 a 1999 e morreu aos 95 anos, em Pretória.

Separação e polêmicas

O casal se separou em 1992, e a reputação dela sofreu uma deterioração ainda maior quando ele a demitiu do cargo de ministra em seu governo, em 1995, sob acusação de corrupção.

Eles se divorciaram no ano seguinte, e ela passou a usar o sobrenome Madikizela-Mandela.

Em uma entrevista a um jornal inglês, ela atacou Mandela, afirmando que ele amoleceu na prisão e vendeu a causa negra. “Mandela foi para a prisão como um ardente jovem revolucionário. Mas olhe o que saiu de lá. Mandela nos desapontou. Ele concordou com um acordo ruim para os negros.”

No começo de 2018, o Supremo Tribunal de Apelações da África do Sul arquivou um processo movido por Winnie, que pretendia assumir a casa familiar de Nelson Mandela em Qunu, no Leste do país.

Ela afirmava que, de acordo com a jurisprudência local, a residência pertencia a ela, já que a comprou em seu nome em 1989, quando Nelson Mandela estava preso e o casal ainda estava junto.

Nelson Mandela deixou seus bens a sua última esposa (Graça Machel), seus filhos e netos, bem como colaboradores, escolas e seu partido, o Congresso Nacional Africano. Ele não deixou nada para Winnie.

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