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Brasil A morte do jovem prefeito de São Paulo, aos 41 anos, por causa de um câncer

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Bruno Covas enfrentava câncer no sistema digestivo e estava internado desde 2 de maio no Hospital Sírio-Libanês, em SP. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Covas estava internado no Hospital Sírio-Libanês, no Centro da capital paulista, desde 2 de maio, quando se licenciou da prefeitura. Na sexta-feira (14), ele teve uma piora no quadro de saúde e a equipe médica informou que seu quadro havia se tornado irreversível.

Familiares e amigos de Covas permaneceram no hospital desde então. Nas últimas horas de vida, o prefeito recebeu sedativos e analgésicos para não sentir dores.

Na noite de sexta (14), um padre chegou a fazer a unção dos enfermos, um sacramento católico. Durante a noite de sábado (15), representantes de diversas religiões participaram do ato ecumênico na porta do hospital, que durou 30 minutos e terminou com a oração Pai Nosso.

No início da tarde, o corpo foi levado para o Edifício Matarazzo, sede da prefeitura, para uma cerimônia breve para familiares e amigos próximos. Depois, seguirá em carro aberto em cortejo até a Praça Oswaldo Cruz.

O enterro, também restrito à família, será no Cemitério do Paquetá, em Santos, onde foi sepultado o corpo de Mário Covas, ex-governador de São Paulo e avô de Bruno que também morreu em decorrência de um câncer, em 2001.

Covas teve o câncer diagnosticado em outubro de 2019, após ser internado com uma infeção na pele chamada erisipela. O tumor regrediu, mas, neste ano, novos nódulos foram encontrados no fígado, na coluna e na bacia.

O tucano é o primeiro prefeito da cidade de São Paulo a morrer durante o mandato. Ricardo Nunes (MDB), o vice que hoje é prefeito em exercício, irá assumir definitivamente o cargo.

Neto favorito de Mário Covas

Nascido em Santos, no litoral paulista, em 7 abril de 1980, Covas era filho de Pedro Lopes, engenheiro da Autoridade Portuária de Santos, e Renata Covas, a única filha mulher de Mário Covas e Lila.

Era o neto favorito de Mário Covas, que foi prefeito da capital na década de 1980 e governador do estado entre 1995 e 2001.

Aos 9 anos, passou a integrar o “Clube dos Tucaninhos”, cuja carteirinha de filiação era guardada por ele como recordação até depois de adulto.

Aos 14 anos, Bruno Covas deixou o litoral e foi morar na cidade de São Paulo com o avô, no Palácio dos Bandeirantes, sede oficial do governo paulista. De acordo com funcionários, Bruno era “bem mais tranquilo para lidar do que o avô”.

Ficha de filiação de Bruno Covas ao Clube dos Tucaninhos — Foto: Divulgação/PSDB

Cursou o ensino médio no Colégio Bandeirantes, um dos mais tradicionais da capital, onde conheceu um de seus grandes amigos, Luiz Álvaro Salles Aguiar de Menezes, que se tornou seu secretário municipal de Relações Internacionais décadas mais tarde.

Menezes disse que na escola os colegas se surpreendiam ao descobrir que Bruno era neto do governador. “Acho que eles esperavam uma figura engomadinha, e não aquele cabeludo com camiseta de rock n’roll sem manga que estudava com a gente”, contou, em entrevista.

Naquela época, o jovem Bruno Covas não se interessou em participar do grêmio estudantil do colégio.

Casamento, separação e eleição

Covas graduou-se em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e iniciou a carreira política em 2004, quando se candidatou a vice-prefeito de Santos na chapa do correligionário Raul Christiano. Naquele ano, se casou com a economista Karen Ichiba, de quem se divorciou depois de 10 anos. Depois disso, manteve-se solteiro.

O casal teve Tomás, hoje com 15 anos, que acompanhou o pai em eventos públicos diversas vezes, inclusive vestindo a camisa dos “Tucanáticos”, o grupo de jovens do PSDB. O rapaz é torcedor fanático do Santos, o mesmo time do pai, e morava com Bruno em um apartamento na Barra Funda, Zona Oeste da capital, em esquema de guarda compartilhada.

Bruno Covas sentiu o gosto da vitória nas urnas pela primeira vez aos 26 anos, como deputado estadual. Foi reeleito aos 30, com o maior número de votos. Depois, assumiu o cargo de secretário Estadual do Meio Ambiente na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), e, em 2014, venceu a eleição para deputado federal. No Congresso Nacional, votou pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).

A lealdade ao PSDB não o impediu de se relacionar com outros partidos. O tucano chegou a participar da organização de jantares para arrecadação de dinheiro para Luiza Erundina (PSOL), condenada pela Justiça a pagar uma multa por causa do anúncio de uma greve geral feito por ela 20 anos antes, quando era prefeita de São Paulo. Sem dinheiro, ela corria o risco de perder o único apartamento que tem. Com informações do G1.

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https://www.osul.com.br/a-morte-do-jovem-prefeito-de-sao-paulo-aos-41-anos-por-causa-de-um-cancer/ A morte do jovem prefeito de São Paulo, aos 41 anos, por causa de um câncer 2021-05-16
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