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Por Redação O Sul | 13 de abril de 2020
Michael Ryan, diretor de operações da OMS (Organização mundial da Saúde), afirma que não existem ainda “evidências empíricas” de que a cloroquina funcione para lidar com o Covid-19. Mas a agência colocou o remédio em sua bateria de testes pelo mundo e aguarda os resultados para poder recomendar oficialmente.
A declaração foi feita nesta segunda-feira (13), durante a coletiva de imprensa da OMS, em Genebra (Suíça). Respondendo a uma pergunta do UOL, Ryan indicou que existem “algumas indicações iniciais” de que o remédio pode ter “algum uso” no tratamento.
Ela explicou que o medicamento está sendo introduzido em testes realizados e pesquisas pela OMS ao redor do mundo. Segundo ele, a comunidade médica e de pesquisadores está avaliando a cloroquina como um “potencial”.
Ryan também indicou que existem países que colocaram o produto em sua lista de sugestões de tratamento.
Mas afirmou que, por enquanto, não existem resultados de testes provando que a substância funcione contra o coronavírus. Ele também pediu cautela sobre os efeitos colaterais que o remédio pode ter. “Estamos ansiosamente esperando resultados”, disse.
Diante da proliferação do vírus, a OMS sugeriu nesta segunda-feira que, no final das contas, só mesmo uma vacina vai conseguir frear a doença. “Em última análise, uma vacina será necessária”, admitiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da agência.
Quarentena
De acordo com a OMS, países europeus começam a ver uma queda na expansão no número de novos casos registrados de pessoas contaminadas. Mas a entidade alerta que isso não significa que quarentenas possam ser encerradas de um dia para o outro.
A entidade indicou que, nesta terça-feira (14), vai publicar uma nova estratégia sobre como lidar com o vírus e que inclui condições mínimas para que governos sigam, antes de retirar completamente uma quarentena.
“As mortes levam mais tempo para cair. Mas, em alguns países, a transmissão parece estar em queda. O distanciamento físico está tirando a pressão fora da epidemia. Mas agora é hora de vigilância e o caso não está terminado”, alertou Ryan.
Segundo a OMS, países não podem “trocar a quarentena por nada”.
O ponto central é a capacidade de um país de localizar o vírus. De acordo com Ryan, as restrições existem hoje justamente por não se saber onde está o vírus. “O único jeito (de fazer uma transição) é encontra-lo e isso só se faz testando”, afirmou.
Critérios
1) Transmissão controlada;
2) Sistema de saúde capaz de testar e isolar casos;
3) Minimizar surtos em casas de repouso;
4) Administrar importação de casos;
5) Engajamento da comunidade;
6) Prevenção no trabalho e escolas.