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Brasil A pandemia fora de controle no Brasil favorece mutações do coronavírus

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Com as novas mortes, o País chegou a um total de 303.726 vítimas da doença desde o início da pandemia. Média tem se mantido acima de 2 mil desde o dia 17 de março. (Foto: Reprodução)

As três mutações do novo coronavírus, descobertas no Reino Unido, Brasil e África do Sul, representam um elevado risco do aumento do número de infecções na Europa que podem causar mais internações e mortes, disse o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).

Cientistas afirmam que essas mutações são mais transmissíveis e já foram detectadas em diversos países europeus. “Estamos vendo a deterioração epidemiológica em áreas onde já há a trasmissão das variantes do Sars-Cov-2”, disse a diretora do centro Andrea Ammon. “O aumento do número de infecções vai levar ao aumento de internações e taxas de mortes em pessoas de todas as idade.”

Ammon disse que todos os membros da União Europeia devem “preparar seus sistemas de saúde para a escalada da demanda”. O Reino Unidos e outros países europeus já fecharam as fronteiras ou estão cogitando adotar a medida para evitar a propagação das variantes mais transmissíveis. Mas a Comissão Europeia afirmou que tais barreiras só prejudicarão seus mercados.

A ECDC alertou para que fossem feitas somente viagens essenciais e insistiram para que os governos acelerassem o ritmo de vacinação contra a covid-19 para os grupos de risco, como idosos e profissionais da saúde.

Ammon disse ainda que o distanciamento social, a vigilância, o sequenciamento genético, o rastreamento rigoroso e a quarentena são necessários para efetivamente frear a transmissão das novas mutações.

O chanceler austríaco, o conservador Sebastian Kurz, pediu coordenação na União Europeia para evitar a transmissão das mutações do coronavírus. “É preciso fazer o possível para evitar que mais mutações, como a do Brasil, entrem na Europa.”

Sobre as fronteiras internas, Kurz afirmou que seu governo favorece normas mais claras para evitar a propagação do vírus. Ele apoia as propostas da Alemanha de controles de fronteiras mais rígidos e testes obrigatórios.

O chanceler reiterou o desejo de pressionar a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para que se aprove rapidamento o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca. “Desde 12 de janeiro, a EMA possui todos os dados da AstraZeneca. Na verdade, não há nada mais que se interponha no caminho da aprovação.”

Fome

Um dos efeitos mais chamativos desta pandemia no Brasil é que a pobreza caiu a níveis históricos. Sim, fazia décadas que não havia tão poucos miseráveis. O caso de Sandra Leonora Gusmão, que recente fazia fila em num refeitório social de São Luís (MA), ajuda a explicar o fenômeno. Com 36 anos, ganha a vida como doméstica diarista. Cuida de idosos, faz faxina ou passa roupa em dias avulsos, por 150 reais. A pandemia a deixou sem esses bicos com os quais sobrevive, mas, em menos de um mês, levou à criação no Brasil de um auxílio emergencial para mitigar as penúrias do coronavírus. Eram 600 reais por mês.

O primeiro pagamento foi uma das maiores surpresas da sua vida. Como mãe solteira, Gusmão tinha direito ao dobro. Para ela, uma dinheirama inédita. Conta orgulhosa que pelo menos uma vez não precisou fazer crediário. “Comprei cama, armário, sofá, comida, roupa, sapato… tudo à vista”, enumera, enquanto faz fila com outros indigentes. Por três reais, leva um prato de carne de porco, arroz e feijão. Sua única refeição do dia.

Como o vírus continua circulando, Gusmão não é chamada pelos clientes. E a renda mínima pelo coronavírus acabou em 31 de dezembro. O programa brasileiro de auxílio foi um dos mais amplos do mundo. Desde abril, o Governo federal injetou 316 bilhões de reais diretamente no bolso de 70 milhões de pessoas, um terço dos brasileiros, a fim de mitigar o golpe entre os que subsistem com ajudas sociais, os trabalhadores informais e os autônomos (além de milhares de militares que receberam o benefício indevidamente). Mas o coronavírus continua por aí, centenas morrem a cada dia, a vacinação acaba de começar, mas aos trancos e barrancos… E, para Gusmão e outras pessoas na mesma situação, conseguir esses bicos que garantem a subsistência continua sendo muito difícil.

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https://www.osul.com.br/a-pandemia-fora-de-controle-no-brasil-favorece-mutacoes/ A pandemia fora de controle no Brasil favorece mutações do coronavírus 2021-01-23
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