Terça-feira, 18 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2019
A Petrobras vai elevar o preço médio do diesel nas refinarias em 4,2%, e o da gasolina em 3,5% a partir desta quinta-feira (19). A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da estatal nesta quarta (18).
O repasse ou não do aumento para os consumidores finais fica a critério das distribuidoras e postos.
O reajuste vem após a disparada nos preços do barril do petróleo no mercado internacional na segunda-feira (16), em consequência dos ataques a instalações petroleiras na Arábia Saudita no fim de semana. O incidente baixou pela metade a produção do maior exportador da commodity do mundo.
Na segunda-feira, a estatal afirmou que manteria o preço dos combustíveis até que os valores do petróleo se acomodassem.
Após a disparada, os preços da commodity vêm caindo desde terça (17), compensando parte do aumento, depois que a Arábia Saudita anunciou já havia restabelecido parcialmente sua produção e que uma retomada por completo será rápida. De sexta-feira até agora, o barril do Brent – referência internacional — acumulou alta de 5,6%, fechando na quarta a US$ 63,60 por barril, segundo a agência Reuters.
Política de preços
A política de reajustes de preços da Petrobras leva em conta as cotações internacionais, além de outras variáveis. O presidente do Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), Sérgio Araújo, disse que os reajustes desta quarta dão claro sinal de que a empresa está caminhando para praticar preços alinhados com o mercado internacional. “Aguardar a estabilização dos preços após o evento na Arábia Saudita era necessário.”
O chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva, aponta que a Petrobras está “seguindo as condições de mercado”. “O ajuste que ela fez (no diesel) está muito próximo do que reflete a paridade de importação no mercado internacional agora. Então está equalizando as condições de mercado”, disse à Reuters.
Gás de cozinha
No fim de agosto, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) decidiu revogar uma resolução de 2005 que permite a prática de preços diferenciados do gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha, a partir de 1º de março de 2020. Na prática, o gás de cozinha deixará de ter preço diferenciado no Brasil.
A medida foi aplicada na venda de botijões de até 13 quilos, entre o comercializado e o vendido a granel. De acordo com o CNPE, a iniciativa “corrige distorções no mercado e incentiva a entrada de outros agentes nas etapas de produção e importação de GLP, ambas concentradas no agente de posição dominante”.