Segunda-feira, 22 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2020
Durante ação de combate ao tráfico de drogas ilegais no bairro Humaitá, Zona Norte de Porto Alegre, agentes do Denarc (Departamento de Investigações do Narcotráfico) apreenderam nesta semana 14, 2 mil comprimidos de ecstasy. A Polícia Civil gaúcha considerou este o maior volume já recolhido de droga sintética em uma só vez na história da corporação.
O órgão investigava uma rota de envio do entorpecente oriundo de outros Estados, por meio de empresas de logística e transporte rodoviário de mercadorias. Durante vistoria, um grande pacote chamou a atenção dos policiais.
Procedente do Pará e de conteúdo registrado como produtos de alimentação, a emabalagem escondia a droga, já pronta para distribuição. Caso chegasse aos consumidores, o produto ilegal renderia aos traficantes mais de R$ 500 mil.
O Denarc não informou outros detalhes . “A ação integra a estratégia da Polícia Civil na atuação focada em grupos criminosos organizados que atuam na distribuição de drogas ilegais. As investigações prosseguirão no sentido de identificar a responsabilidade pela remessa e destinação da droga apreendida”, lmitou-se a informar o Departamento.
Na quinta-feira passada, outro homem foi preso em casa pela 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo (Vale do Sinos) com 1,2 mil comprimidos da droga, escondidos dentro de um aparelho de ar-condicionado. Na ação também foram apreendidos um veículo, uma balança de precisão e plástico utilizado para acondicionar o produto.
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Produzido à base de MDMA (metilenodioximetanfetamina), o ecstasy é uma substância psicotrópica ingerida via oral e utilizada frequentemente como droga recreativa, sendo popular em festas.
Os seus efeitos mais comuns são aumento da empatia, euforia e sensação de prazer, com duração de até seis horas, por meio da ação em neurotransmissores de serotonina, dopamina e noradrenalina em determinadas partes do cérebro. Mas também causa problemas como taquicardia, sudorese (que pode levar à desidratação severa) e dependência, dentre outros.
Sintetizada pela primeira vez em 1912, a droga sintética chegou a ser empregada durante os anos 1970 para potenciar efeitos de psicoterapia, antes que o seu uso se expandisse como droga recreativa na década seguinte, especialmente em espaços de diversão noturna como boates e festas do tipo “rave”.
Atualmente, é comum na preparação dos comprimidos de ecstasy a mistura da MDMA com outras substâncias, tais como efedrina, anfetamina e metanfetamina, o que torna ainda mais nociva a sua ingestão, sobretudo de forma continuada.
Dados oficiais apontam que, a cada ano, um contingente total de quase 30 milhões de pessoas com idade entre 15 e 64 anos consumiram o entorpecente em todo o mundo – na maioria dos países, o seu comércio é proibido.
(Marcello Campos)