Segunda-feira, 09 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2020
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (10), a Operação Teiniaguá para desarticular uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas e armas que abastecia uma facção estabelecida na região da Serra Gaúcha. Segundo a corporação, a ofensiva teve como objetivo prender e isolar os líderes do grupo, além de descapitalizar a organização criminosa.
Cerca de 180 policiais federais cumpriram 22 mandados de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão nas cidades de Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, Sapiranga, Campo Bom, Parobé, Taquara, Lajeado e Charqueadas, no Rio Grande do Sul, e em Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.
A Justiça expediu ainda 11 ordens judiciais de sequestro de veículos e imóveis dos investigados e determinou o bloqueio de mais de 57 contas bancárias de pessoas físicas e empresas que eram utilizadas para movimentar dinheiro de origem ilícita.
As apurações da PF indicam que, em seis meses, o grupo internalizou mais de uma tonelada e meia de cocaína e enviou de forma ilegal para o exterior cerca de R$ 25 milhões destinados ao pagamento a narcotraficantes no Paraguai.
A corporação diz ainda que o grupo criminoso atua dentro e fora do sistema prisional gaúcho.
“Três importantes lideranças da organização criminosa tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça. Um deles havia obtido há apenas 10 dias o direito de cumprir pena em regime semiaberto, com o uso de tornozeleira eletrônica, após passar os últimos 11 anos preso”, sinalizou a PF em nota.
Os investigados podem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e homicídio.
André do Rap
A PF divulgou nesta semana 11 imagens com possíveis disfarces de André Oliveira Macedo, o André do Rap, que é acusado de comandar esquema internacional de tráfico de drogas e que foi solto após obter um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF).
O traficante, que estava preso desde setembro de 2019, está foragido desde outubro deste ano após seu habeas corpus ter sido suspenso pelo presidente do STF, Luiz Fux. Apesar da suspensão da decisão, o homem forte do Primeiro Comando da Capital (PCC) já havia deixado a Penitenciária de Presidente Venceslau e, desde então, está foragido e é buscado pela Polícia Civil de São Paulo e pela PF.