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Política A Polícia Federal cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em inquérito que apura fake news e ataques contra ministros do Supremo

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Ministros do Palácio do Planalto que tiveram resultado negativo decidiram trabalhar normalmente. (Foto: Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quarta-feira (29) mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura fake news e ataques contra ministros da Corte.

Entre os alvos estavam o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), o blogueiro Allan dos Santos (do site Terça Livre), o empresário Luciano Hang (dono das lojas Havan), a ativista Sara Winter e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. As buscas – determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes que preside o inquérito – foram feitas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Mato Grosso, no Paraná e em Santa Catarina.

Os agentes da PF estiveram em dois endereços de Hang em Brusque (SC) e um em Balneário Camboriú (SC). A PF também foi até a casa de Roberto Jefferson em Petrópolis e em Comendador Levy Gasparin, no interior do Rio.

O gabinete do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), na Assembleia Legislativa de São Paulo, também recebeu os agentes. Foram alvos da operação os assessores de Garcia, Rodrigo Barbosa Ribeiro e Edson Pires Salomão.

O deputado, líder do Movimento Conservador, é alvo de operação pela segunda vez. Em dezembro do ano passado, foram apreendidos notebook e celular na casa de Edson Salomão, chefe de gabinete de Garcia, também depois de mandato expedido pelo ministro Alexandre de Moraes. Os investigadores apuram se Garcia é um dos braços do chamado “gabinete do ódio”, que funcionaria no Palácio do Planalto. Um dos IPs investigados eram da Prodesp, a companhia de dados do governo paulista. A suspeita é que mensagens com notícias falsas tenham partido do gabinete do deputado.

Os agentes da PF também foram até a casa da ativista Sara Winter. Ela é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro e criadora do grupo “300 pelo Brasil”, que chegou a montar barracas na Esplanada e divulgar manifestos sugerindo o uso de táticas de guerrilha para “exterminar a esquerda” e “tomar o poder para o povo”. O nome é uma referência aos 300 de Esparta, história em quadrinho que virou filme baseado na batalha de Termópilas, em 480 A.C., em que 300 espartanos lutaram até a morte contra o exército persa. Criado no mês passado, quando a ativista começou a recrutar voluntários num grupo do aplicativo Telegram, o grupo hoje soma 3,2 mil participantes.

Também foram alvo da investigação Winston Rodriges Lima, conhecido como Comandante Winston, militar reformado da Marinha, candidato a deputado distrital em 2018 e coordenador de manifestações pró-Bolsonaro; Marcelo Stachin, militante bolsonarista que participou de manifestação de apoio ao presidente em Brasília e Bernardo Kuster, youtuber com 862 mil inscritos que costuma elogiar Bolsonaro e atacar adversários e a imprensa.

Inquérito

Aberto em março do ano passado por ordem do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, o inquérito é tocado pelo ministro relator Alexandre de Moraes,  por designação de Toffoli. O inquérito foi aberto por meio de portaria, e não a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), como é a praxe. Apesar de incomum, a situação está prevista no Regimento Interno do Supremo.

Seis deputados federais bolsonaristas são investigados: Bia Kicis, Carla Zambelli, Daniel Silveira, Filipe Barros, Cabo Junio Amaral e Luiz Philippe de Orléans e Bragança. Todos os seis ainda estão filiados ao PSL.

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