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Brasil A Polícia Federal identificou dados que confirmam que a empreiteira Odebrecht usou o ex-ministro José Dirceu para repassar dinheiro a seu filho Zeca Dirceu em campanhas eleitorais

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Ex-titular da Casa Civil (E) aguarda em liberdade um julgamento no STJ. (Foto: EBC)

Um documento elaborado pela PF (Polícia Federal) e já enviado para o STF (Supremo Tribunal Federal) relata a identificação de dados sobre “pagamentos, recebimentos, codinomes e valores” ao ex-ministro José Dirceu no material apreendido na empreiteira Odebrecht pela Operação Lava-Jato.

Também foram rastreados recursos cujo destinatário era “Guerrilheiro”. De acordo com os investigadores, trata-se  do codinome atribuído pela construtora ao ex-titular da Casa Civil no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006) – durante a ditadura militar que governou o País (1964-1985), Dirceu integrou grupos de resistência armada ao regime, daí o apelido.

A análise foi feita no inquérito que investiga se são verdadeiros os relatos de delatores da empreiteira sobre repasses de dinheiro – em um total de R$ 250 mil – para Zeca Dirceu, filho do ex-ministro, durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2014.

OAS

Na semana passada, veio a público a informação de que os ex-executivos que operavam o setor de propinas e repasses de caixa 2 da construtora OAS revelaram, em delação premiada homologada pelo STF, que José Dirceu recebeu cerca de R$ 1 milhão do caixa clandestino da empreiteira.

Conforme os delatores, os recursos foram pagos por meio de contratos fictícios com a JD Consultoria, empresa criada pelo ex-ministro após sua saída do serviço público. Em 2010, Dirceu recebeu R$ 281 mil. No ano seguinte, o valor foi de R$ 343 mil. Em 2012, outros R$ 453 mil.

Condenado pelo Supremo no processo do mensalão petista, Dirceu foi preso pela Operação Lava-Jato por envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras. Ele já foi condenado a mais de 30 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa.

A força-tarefa descobriu que a JD Consultoria teria faturado cerca de R$ 40 milhões, desde 2006, quando foi aberta. Boa parte dos “serviços” prestados por Dirceu estariam relacionados a empresas integrantes do esquema investigado pela Lava-Jato. O ex-ministro petista recebia, segundo a Lava-Jato, 25% da propina desviada de contratos assinados pela Diretoria de Serviços da Petrobras com empreiteiras como a OAS.

A procuradora-geral da República Raquel Dodge solicitou o envio das provas relacionadas a Dirceu para a Lava-Jato de Curitiba, para juntar às investigações que já tramitam contra o petista. O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, autorizou o compartilhamento em decisão de agosto do ano passado.

Em novembro, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre) manteve a pena de Dirceu em um dos casos da Lava Jato em oito anos e dez meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-ministro, porém, conseguiu a liberdade em um habeas corpus no Supremo em agosto. Agora, ele aguarda em liberdade que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) analise a possibilidade de diminuição da pena, para saber se será preso ou não.

 

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