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Brasil A Polícia Federal investiga a atuação de um operador em uma reforma na casa do presidente Michel Temer

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Caso da reforma volta a causar transtornos ao presidente. (Foto: Alan Santos/PR)

A PF (Polícia Federal) obteve novas provas que revelaram ligação entre o coronel João Baptista Lima e uma reforma realizada na residência do presidente Michel Temer no bairro de Alto de Pinheiros, em São Paulo. Com isso, os investigadores passaram a apurar se a operação teve o objetivo de lavar dinheiro ilícito captado pelo coronel Lima em nome de Temer. Lima é amigo do peemedebista há mais de 30 anos e apontado como seu principal operador.

A suspeita surgiu depois que os policiais federais apreenderam na sede da Argeplan, uma das empresas do coronel Lima, uma planilha de projetos de arquitetura executados. Na linha 285 do documento, constava “residência Dr. Michel Temer”. O material, que está em análise pelos peritos da PF, foi apreendido na Operação Skala, deflagrada em 29 de março e que mirou amigos e empresários ligados a Temer. Na operação, Lima chegou a ser preso mas não depôs alegando problemas psicológicos e de saúde.

O material faz parte do inquérito dos Portos, que apura se Temer recebeu propina de empresas portuárias em troca de favorece-las em medidas de governo, como uma medida provisória e um decreto sobre o setor portuário. O coronel Lima é apontado como captador de propina em nome do emedebista.

O caso fortaleceu a hipótese investigada pela PF de que as reformas em imóveis eram usadas por Temer e pelo coronel Lima como uma forma de lavar dinheiro — a polícia já aprofunda a investigação em um obras feitas na casa da filha do presidente, Maristela. Essa reforma na casa de Temer, porém, não se tornará ponto central do inquérito por ter ocorrido há quase 20 anos, o que provocaria a prescrição dos possíveis crimes envolvendo esse fato, mas será usada para corroborar as hipóteses de relações ilícitas entre o coronel e o presidente.

Na semana passada, a PF tomou o depoimento de um engenheiro da Argeplan que revelou ter sido indicado para executar uma obra de reforma na casa de Temer, entre os anos 1999 e 2000. O engenheiro havia trabalhado na Argeplan como estagiário até 1994 e tinha uma relação de amizade com Carlos Alberto Costa Filho, que é filho de um dos sócios da Argeplan, Carlos Alberto Costa. Segundo seu depoimento, foi Carlos Filho quem lhe indicou para fazer a reforma na casa de Temer, que à época era deputado federal.

O engenheiro afirmou que realizou a substituição de acabamentos e reparos no telhado, em uma obra que durou aproximadamente um ano. Na época, ele não tinha vínculo formal de trabalho com a Argeplan. Em 2012, ele voltou à empresa para ser coordenador de projetos.

Ainda sobre a reforma na casa de Temer, o engenheiro afirmou que entregava os orçamentos dos fornecedores e do seu serviço para o próprio Temer efetuar os pagamentos — mas não deixou claro se houve transferências bancárias e pagamentos diretos feitos por Temer. Ele afirmou que nunca conversou com o coronel Lima sobre esse assunto e que não havia ligação do coronel com a obra.

Procurada para comentar, a assessoria de Michel Temer afirmou que o emedebista pagou pela reforma e possui todos os comprovantes.

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https://www.osul.com.br/a-policia-federal-investiga-a-atuacao-de-um-operador-em-uma-reforma-na-casa-do-presidente-michel-temer/ A Polícia Federal investiga a atuação de um operador em uma reforma na casa do presidente Michel Temer 2018-06-04
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