Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2017
A 40ª fase da Operação Lava-Jato prendeu nessa quinta-feira dois ex-gerentes da Petrobras. A PF (Polícia Federal), a pedido da força-tarefa, cumpriu mandados de prisão temporária, busca, apreensão e condução coercitiva na Operação Asfixia. O foco são três ex-gerentes da área de Gás e Energia da estatal, suspeitos de receberem de mais de 100 milhões de reais em propinas de empreiteiras que eram contratadas pela petrolífera, além de operadores financeiros que utilizaram empresas de fachada para intermediar propinas.
São investigados os crimes de fraude à licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em mais de uma dezena de licitações de grande porte da Petrobras, fraudadas pelo grupo criminoso. Segundo as investigações, mediante o pagamento de vantagem indevida os ex-gerentes da pasta agiam para beneficiar empreiteiras em contratos com a estatal, direcionando as licitações para as empresas que integravam o esquema.
Os pagamentos eram intermediados por duas empresas de fachada que simulavam a prestação de serviços de consultoria com as empreiteiras e repassavam as vantagens indevidas para agentes públicos corruptos, por três formas: pagamentos em espécie, transferências para contas na Suíça e pagamento de despesas pessoais de gerentes.
As apurações se basearam em provas obtidas em quebras de sigilo telemático, bancário e fiscal, bem como depoimentos de outros ex-gerentes da Petrobras e empreiteiros que firmaram colaboração premiada com o MPF (Ministério Público Federal). Os delatores mencionaram, ainda, que os pagamentos de propina prosseguiram até junho do ano passado, mesmo após a deflagração da Lava-Jato e a saída dos empregados de seus cargos na estatal.