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Brasil A Polícia Federal vê contradições no depoimento de hacker que admitiu acesso a celulares de autoridades

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A ordem é analisar detalhadamente todos os pontos do depoimento para tentar fechar as lacunas dessa investigação. (Foto: Reprodução de TV)

A análise preliminar de investigadores da PF (Polícia Federal) indica uma série de contradições no depoimento do hacker Walter Delgatti Neto, que disse ter invadido as contas do aplicativo de mensagens Telegram de autoridades. Por isso, a ordem é analisar detalhadamente todos os pontos do depoimento para tentar fechar as lacunas dessa investigação. Segundo uma fonte da Polícia Federal, não é possível descartar nenhuma possibilidade nesta investigação.

E, mesmo com a informação de Delgatti de que agiu sozinho, uma fonte ressalta que a dimensão do hackeamento – atingindo as principais autoridades dos três poderes, do Ministério Público Federal, da própria Polícia Federal, além de jornalistas – pode indicar uma ação maior.

Entre pontos considerados contraditórios, está o fato de Walter Delgatti ter afirmado que não recebeu dinheiro para hackear os telefones de autoridades. Mas, ao mesmo tempo, ter dito não saber como obteve recursos para compor suas aplicações financeiras.

Ao mesmo tempo, admitiu que “realizou operação de câmbio no Aeroporto de Brasília e do Rio Grande do Norte, tendo em vista a necessidade de adquirir dólares para um amigo”. Mas, perguntado sobre qual amigo seria esse, reservou-se ao direito de permanecer em silêncio durante depoimento.

“Todas as possibilidades estão sendo investigadas. Não vamos descartar nada. Agora, teremos que checar esses primeiros depoimentos e confissões com todo o material que foi apreendido”, disse ao blog uma fonte da PF.

Autor de múltiplos golpes

Apontado como líder do ataque hacker contra autoridades, Walter Delgatti Neto, que confessou ter invadido contas de Telegram de pessoas públicas, acumula em seus 30 anos de vida uma extensa lista de inquéritos e processos judiciais.

Antes de voltar à prisão, na última terça-feira (23), sua ficha de antecedentes criminais mostrava ao menos 20 casos em que ele era investigado ou acusado da prática de crimes. Entre as vítimas, bancos, mulheres, homens, uma adolescente, advogados, empresários e shoppings.

Em vários dos procedimentos abertos, ele aparece implicado em um famoso artigo do código penal: o 171, de estelionato – “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.

Quase todas as investigações e processos são sobre algum tipo de golpe: usar identidade de terceiros, falsificar documentos públicos ou particulares, usar papéis falsificados. De acordo com pessoas próximas e com processos públicos, esconder seus crimes nunca foi sua principal preocupação, tendo deixado rastros óbvios em algumas das suas ações, algumas delas cinematográficas.

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