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Brasil A Polícia Rodoviária Federal abateu animais a tiros em Brumadinho

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A PRF afirmou que dois animais tiveram de ser abatidos por meio de rifle sanitário. (Foto: Reprodução/Instagram)

A atuação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no resgate de animais em Brumadinho (MG) é alvo de críticas de ativistas que acompanham a ação no município e de internautas que observam o trabalho à distância. A decisão de submeter três bovinos à eutanásia durante um sobrevoo de helicóptero na segunda-feira (28) virou tema principal de debates nas redes sociais. O abate foi confirmado pela assessoria de imprensa da PRF nesta terça (29).

Para a defensora dos direitos dos animais Luisa Mell, o abate dos animais mais debilitados a tiros não é uma forma “decente” de sacrificá-los. Ela está na região afetada pelos rejeitos da barragem da Mina do Feijão, que se rompeu há quatro dias. Segundo a PRF, o “procedimento” teve orientações de veterinários.

“Lamentavelmente, durante a triagem dos animais foram encontrados três casos específicos de bovinos atolados na lama, em estado de exaustão e com fraturas de membros. Após análise da equipe veterinária, considerando a impossibilidade de adoção de outras medidas, foi tomada a decisão pela eutanásia daqueles animais. O procedimento foi orientado e supervisionado pela equipe veterinária sob a coordenação do comando da operação de resgate”, afirma a PRF.

Luisa, porém, discorda da decisão tomada e a classifica como “palhaçada”:

“Quero saber quem foi o veterinário que autorizou uma palhaçada dessas”, disse a ativista em uma série de posts em seu perfil no Instagram, rede em que fala com cerca de 2,5 milhões de seguidores.

Na nota divulgada à imprensa, a PRF destaca ainda que outros animais (principalmente bovinos e caninos, em situações mais favoráveis) foram alimentados e hidratados para conseguirem sobreviver até serem resgatados.

Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, os médicos-veterinários da Comissão de Bem-Estar Animal, do Conselho Regional de Medicina Veterinária, estão acompanhando os trabalhos de resgate de animais em Brumadinho.

“Sob a supervisão de equipe veterinária, nesta segunda-feira (28), dois animais (um equino e um bovino), que estavam atolados há 4 dias em local de difícil acesso, tiveram de ser abatidos por meio de rifle sanitário”, afirma nota da instituição.

Autorização

A polêmica em torno do abate fez com que o governo de Minas Gerais divulgasse um comunicado sobre os casos de resgastes e de eutanásia de animais em Brumadinho. Segundo a administração estadual, aqueles que estão sendo encontrados e removidos com vida, estão sendo encaminhados para um sítio em que recebem o tratamento adequado. Porém, os que não têm condições de serem resgatados, têm a eutanásia feita apenas por médicos veterinários e em casos extremos.

O texto não cita especificamente a iniciativa da PRF, mas reforça que “em nenhum momento houve autorização por parte do Gabinete Militar do Governador/Coordenadoria Estadual de Defesa Civil para o abate de animais aleatoriamente ou por meio de métodos em desacordo com as normas”.

Justiça

A juíza de direito plantonista da Comarca de Brumadinho, Perla Saliba Brito, determinou que a Vale ofereça medicamentos, alimentos, maquinários e “todo e qualquer meio adequado ao resgate, acolhimento e tratamento dos animais agonizantes na lama da barragem Córrego Mina do Feijão que rompeu na última sexta-feira”.

Em caso de descumprimento, a magistrada definiu multa diária de R$ 50 mil, além de incursão no crime de desobediência. A juíza enfatizou que essa ação não deve, em hipótese alguma, prejudicar a atuação dos bombeiros no resgate das vítimas humanas.

 

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