Sábado, 07 de junho de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
16°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Armando Burd A POLÍTICA DISTANTE DA REALIDADE

Compartilhe esta notícia:

O futuro em jogo

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O aumento na cotação da Bolsa de Valores, hoje, é apenas um suspiro pós-anúncio da aceitação do pedido de impeachment. Não diminui o volume de demissões de empregados nem as dificuldades de empresários em pagar a folha de salários diante da queda no faturamento. Para as duas circunstâncias indesejadas, os políticos viram as costas.
Quem paga o preço das sucessivas irresponsabilidades na gestão pública é a população. O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, está na prisão; o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, frequenta o noticiário policial, e a presidente Dilma enfrenta a constrangedora ameaça da perda do mandato.

                   ***********

Alguns tentam comparar a situação de Fernando Collor com a de hoje. Há pelo menos três diferenças:

  • o presidente em 1992 era do PRN, um partido pequeno. O PT, apesar da crise da Operação Lava Jato, é o segundo maior do País, só ficando atrás do PMDB.
  • Collor foi ejetado com a evidência de uma nota fiscal do Fiat Elba, prova prosaica, mas clara. Agora, o julgamento das pedaladas fiscais pelo Tribunal de Contas da União é muito mais complexo.
  • Não há possibilidade, em eventual troca na presidência da República, de um governo de união nacional, como Itamar Franco conseguiu. Os ânimos estão extremamente acirrados e o PT jamais aceitaria alguma conciliação. Irá às ruas para manter-se no poder.

Outras observações:

  • a campanha eleitoral às prefeituras e câmaras municipais, no próximo ano, será mais centrada em temas nacionais do que locais.
  • As discussões no Congresso, começando pelo pedido de impeachment, como sempre serão políticas e não jurídicas.
  • A presidente Dilma terá de insistir no corte profundo de gastos, prática nada usual nos governos, além de tentar aumentar tributos. A recriação da CPMF tem a ficha número 1. Será um caminho difícil para evitar o indesejado desastre fiscal.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Armando Burd

Imigrantes preferem atuar fora da lei
Planalto aposta nos 300 de Dilma
https://www.osul.com.br/a-politica-distante-da-realidade/ A POLÍTICA DISTANTE DA REALIDADE 2015-12-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar