Quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2019
Nessa semana, cada permissionário do Mercado Público de Porto Alegre recebeu uma circular com as medidas a serem adotadas para garantir a destinação correta do lixo produzido no estabelecimento no Centro Histórico. A medica consta em um novo PGRS (plano de gerenciamento de resíduos sólidos) elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.
As regras incluem a padronização de sacos para material orgânico e seco, delimitação de espaços para descarte e implantação de novos processos de coleta. Para viabilizar o plano, a prefeitura da capital gaúcha adquiriu novos contêineres para a sala de coleta de resíduos.
Os recicláveis serão recolhidos todos os dias por equipes do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana), capacitados para garantir a destinação correta de cada tipo de resíduo. Além disso, haverá um profissional responsável por fiscalizar a execução da medida e orientar os permissionários sempre que for necessário. O descumprimento das regras poderá gerar sanções aos responsáveis.
Para o titular da pasta de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Cidade, a iniciativa reforça a vocação do local – um dos mais tradicionais centro de compras da cidade – para atender bem o público: “Mais do que isso, trata-se de uma adequação fundamental para garantir o desenvolvimento e a perenidade das atividades do Mercado, que está prestes a completar 150 anos de história”.
Atualmente, 104 lojas funcionam no Mercado Público. Elas produzem uma média mensal de 437 toneladas de resíduos orgânicos e de 184 toneladas de resíduos recicláveis, além de 860 litros de óleo de fritura. Somente as peixarias e açougues, por exemplo, produzem mais de 100 toneladas de resíduos no período, ou seja, cerca de mil quilos por empresa a cada 30 dias.
Todos ganham
Agora, com o PGRS, será possível identificar melhor os tipos de resíduos gerados, bem como classificá-los e quantificá-los. A prefeitura de Porto Alegre destaca, ainda, o benefício comportamental por meio da conscientização dos empreendedores e funcionários quanto à importância da destinação correta desses materiais.
O PGRS foi elaborado após acordo entre a prefeitura, Ministério Público e permissionários. A Smams (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade) ficou encarregada de organizar o plano, contando para isso com o apoio técnico do setor de Educação Ambiental do DMLU. Agora, será colocado em prática pela Administração de Próprios Municipais da SMDE, sob a coordenação da bióloga Letícia Pedroza Morales.
(Marcello Campos)