Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil O governo testará o Enem digital no ano que vem

Compartilhe esta notícia:

O objetivo é alcançar uma redução de custos de logística e permitir mais de uma aplicação do Enem ao longo do ano. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O governo Jair Bolsonaro (PSL) vai iniciar no próximo ano um projeto-piloto para aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em computadores. O plano é migrar totalmente para o modelo digital até 2026. O objetivo é alcançar uma redução de custos de logística e permitir mais de uma aplicação do Enem ao longo do ano, a exemplo do que ocorre com avaliações internacionais.

Em 2020, o projeto-piloto ocorrerá em 15 capitais para um público de 50 mil candidatos. A aplicação do Enem totalmente digital ocorrerá em dois domingos, nos dias 11 e 18 de outubro, antes da aplicação regular, em papel, já marcada para os dias 1 e 8 de novembro de 2020.

No ano seguinte, haverá duas aplicações digitais no ano e, entre 2022 e 2025, quatro oportunidades em computador. Nesse período, de 2020 a 2025, haverá sempre a aplicação em papel concomitantemente ao modelo digital.

Os candidatos poderão escolher inscrever-se para prestar a prova no computador, caso haja oportunidade próximo à sua residência. Somente em 2026 o Enem ocorre digitalmente de forma definitiva, de acordo com o plano do governo.

“Até 2026, a prova vai ser muito parecida com o que é hoje, mas toda ela vai ser no computador, assim como ocorreu com as transformações lá de fora”, disse o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (03) na sede do MEC (Ministério da Educação), em Brasília.

“Há cem anos a gente faz exame do mesmo jeito, em papel. Queremos fazer como é feito lá fora”. O plano é que, consolidada a transição, haja locais credenciados para a realização do exame, como ocorre em avaliações como o SAT, exame de seleção para universidades nos EUA. Assim, o exame poderia ocorrer em vários momentos do ano.

Por enquanto, entretanto, o candidato não terá a oportunidade de fazer duas provas no mesmo ano. Haverá a possibilidade de reaplicação da prova caso haja problemas no digital. Quando o formato atual do Enem foi lançado, em 2009, e a prova passou a ser usada como vestibular para as universidades federais, já havia o plano de digitalizar o exame. A dificuldade para ter questões em número suficiente dificultou a operação.

No Enem, os itens são pré-testados para garantir níveis de dificuldade controlados. Dessa forma é possível a aplicação de várias provas no mesmo processo seletivo com o mesmo grau de dificuldade. Outro desafio é garantir locais com computadores suficientes para o volume de inscritos no Enem, inclusive em locais mais isolados. Neste ano, a prova ocorre em 1.725 municípios.

Segundo professor Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do MEC no governo Dilma Rousseff (PT), a migração é necessária e viável, embora haja desafios de adaptação. “A quantidade de itens é sempre um problema, seja no papel ou na computação, mas tem vantagens porque o exame pode ser aplicado mais de uma edição ao longo do ano”, destacou. “É necessário ter cuidado sempre para não prejudicar aquele aluno de escola pública que não tem acesso à informatização e pode ter dificuldade [de fazer uma prova em computador]”.

A comparabilidade das provas também não é trivial, embora possível. No governo Dilma, uma das ideias era iniciar o processo no Enade (exame federal para concluintes do ensino superior). “É um desafio porque se há um rendimento diferente [entre os grupos que fazem no computador e no papel] não pode comparar”, disse Costa, que foi presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do MEC responsável pelo Enem.

No novo formato, a redação também será feita nos computadores. Segundo técnicos do Inep ouvidos pela Folha, em condição de anonimato, ainda há questões técnicas em aberto, como a comparabilidade de resultados e garantia de infraestrutura para aplicação do exame. Neste ano, os inscritos somam 5,5 milhões. Os integrantes do MEC afirmam que é possível garantir a segurança do exame no formato digital. O Enem é a porta de entrada para praticamente todas as universidades federais.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A prefeitura tem um novo plano de gerenciamento do lixo produzido no Mercado Público de Porto Alegre
Áustria é o primeiro país da União Europeia a proibir o glifosato, o principal agrotóxico utilizado na produção de soja
https://www.osul.com.br/o-governo-testara-o-enem-digital-no-ano-que-vem/ O governo testará o Enem digital no ano que vem 2019-07-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar