Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2018
A candidata da Rede ao Palácio do Planalto, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (13) que as eleições de 2014 foram uma “fraude” de partidos que usaram dinheiro de caixa dois e abusaram da “violência política”. Marina foi derrotada na última eleição presidencial, terminando a corrida eleitoral na terceira colocação, atrás de Dilma Rousseff (PT), que foi reeleita, e de Aécio Neves (PSDB).
Segundo a presidenciável da Rede, o acirramento deflagrado na última eleição desencadeou uma onda de violência na política, que teve como desdobramento o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), dois atentados contra apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a agressão à faca contra o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro.
“Aliás, violência política que começou em palavras e agora se traduz em ato. Porque quando a gente se omite com violência política, quando ela inicia na forma de desconstrução de biografias, na calúnia, na difamação, a consequência é a evolução disso, é transformar a violência em ato, em eliminação do adversário. O Brasil precisa sair desse ciclo perverso de polarização. Do discurso fácil, da mentira e da inquisição”, complementou.
Nas eleições de 2014, Marina assumiu a cabeça de chapa do PSB após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo no litoral de São Paulo durante a campanha eleitoral. À época, Marina era a vice de Campos.
Nas primeiras semanas após a tragédia aérea, Marina cresceu nas pesquisas e chegou a ficar em empate técnico com Dilma na liderança dos levantamentos eleitorais. Na votação do primeiro turno, entretanto, ela acabou perdendo a vaga no segundo turno para Aécio, acabando na terceira colocação, com 22 milhões de votos.
Em outro trecho da entrevista desta quinta, Marina afirmou que, se eleita, vai incentivar e subsidiar alternativas de energia limpa. Ela prometeu construir 1,5 milhão de painéis solares e criar fazendas de energia eólica na região do semiárido.
Marina ressaltou que, na avaliação dela, o projeto de subsídio para fabricação dos painéis solares para instalação nos telhados das residências para aproveitar o potencial solar do País irá auxiliar na geração de empregos, especialmente para jovens.
Candidatura de Haddad
“Nós já tivemos uma situação em que uma candidata foi indicada e tivemos os problemas que temos hoje no nosso País. A população é que tem que decidir se ela quer continuar insistindo nessa forma de escolher um presidente para o Brasil. A presidente Dilma foi indicada pelo presidente Lula, chancelada pelo presidente Lula, e agora está sendo apagada da história pelo seu próprio partido, porque as pessoas pulam do governo Lula para as eleições de 2018. Como se não tivesse acontecido o governo Dilma-Temer, que levou o Brasil a ter 13 milhões de desempregados, a devolver para a pobreza aqueles que haviam saído”, disse.