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Por Redação O Sul | 19 de abril de 2021
A atividade econômica registrou crescimento, em fevereiro, pelo décimo mês consecutivo. É o que mostra o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), divulgado nesta segunda-feira (19) pelo BC (Banco Central). O IBC-Br é considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto),
Em fevereiro, o índice apresentou alta de 1,7% na comparação com janeiro, segundo dados dessazonalizados (ajustados para o período). Em relação a fevereiro de 2020, a expansão ficou em 0,98% (sem ajustes).
No primeiro bimestre comparado ao mesmo período de 2019, foi registrado crescimento de 0,23%. Em 12 meses terminados em fevereiro de 2021, houve retração de 4,02%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
Mas o indicador oficial, com metodologia diferente do IBC-Br, é mesmo o PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo País, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgado trimestralmente.
PIB em 2020
No ano passado, o PIB do País avançou 3,2% no quarto trimestre, mas encerrou 2020 com queda de 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões. Segundo o IBGE, foi o maior recuo anual da série iniciada em 1996. Essa queda interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%. O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados no início de março deste ano pelo IBGE.
“O resultado é efeito da pandemia de Covid-19, quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, analisou a coordenadora de Contas Nacionais, Rebeca Palis.
Em 2020, os serviços encolheram 4,5% e a indústria, 3,5%. Somados, esses dois setores representam 95% da economia nacional. Por outro lado, a agropecuária cresceu 2,0%.
Nos serviços, o menor resultado veio de outras atividades de serviços (-12,1%), que são os restaurantes, academias, hotéis. “Os serviços prestados às famílias foram os mais afetados negativamente pelas restrições de funcionamento. A segunda maior queda ocorreu nos transportes, armazenagem e correio (-9,2%), principalmente o transporte de passageiros, atividade econômica também muito afetada pela pandemia”, acrescentou Rebeca. As informações são da Agência Brasil.