Notícias A procura por medicamentos para câncer de próstata cresceu 63% em 2018 no Brasil
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2018
A comercialização de medicamentos usados para o tratamento do câncer de próstata nas farmácias online cresceu 63,14% no primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017. O levantamento foi realizado pelo site Consulta Remédios, maior plataforma de comparação de preços de medicamentos e monitoramento do varejo farmacêutico na internet.
Foram listados 31 medicamentos utilizados no combate ao câncer de próstata, o tipo mais comum de câncer entre os homens. O levantamento destaca a necessidade de se pesquisar antes de adquirir os produtos.
Para se ter uma ideia, o medicamento mais comercializado para o combate ao câncer de próstata é o Lectrum. Na versão com 7,5mg, o Lectrum pode ser encontrado por preços que variam de R$ 173,89 a R$ 1.412,18, uma considerável diferença de 712%.
Já o Zytiga, medicamento indicado para o tratamento de pacientes cujo câncer de próstata se disseminou para outras partes do corpo, a variação percentual é de 22,5%. No entanto, o mesmo medicamento, na embalagem com 120 comprimidos, pode ser encontrado por R$ 11.550,00, na farmácia mais barata, e R$ 14.156,30 na mais cara, uma diferença de R$ 2.606,30. Com o auxílio do comparador de preços, a economia em um ano de tratamento pode chegar a R$ 31.272,00.
Os números foram calculados com base nas buscas de 52 milhões de consumidores de todo o País e levam em conta a “intenção de compra”, variável que indica o propósito do consumidor em adquirir determinado produto quando direcionado a uma loja online.
No primeiro semestre de 2018, estes medicamentos registraram intenção de compra da ordem de R$ 40,07 milhões, com mais de 24 mil buscas em todas as regiões do País.
Segundo o CEO do Consulta Remédios, Paulo Vion, as buscas por este tipo de medicamento cresceram de modo geral, em virtude dos valores mais elevados dos produtos e da grande diferença de preços que eles podem apresentar de uma farmácia para outra. “Nas compras de medicamentos pela internet, há abrangência de remédios de uso crônico, o que faz consumidor pesquisar mais, pois pode programar melhor a compra e ficar mais atento às diferenças nos preços praticados”, explica Vion.
Novembro Azul
Este mês é marcado pela campanha “Novembro Azul”, que visa conscientizar os homens sobre a importância de cuidar da saúde. O câncer de próstata é o principal tema do período, já que este é o segundo tipo de neoplasia que mais atinge a população masculina — atrás do câncer de pele não-melanoma. O Inca estima que 68.220 novos casos devam surgir este ano, o que equivale a sete diagnósticos por hora.
Além do câncer, a próstata pode ser afetada por outras duas doenças: a prostatite (inflamação) e a hiperplasia (aumento) prostática benigna (HPB). Estas três enfermidades podem ser diagnosticadas com o exame de toque retal e a dosagem do PSA no sangue.
A partir dos 50 anos, os homens devem se consultar anualmente com um urologista. Mas aqueles que têm casos de câncer de próstata em parentes próximos (pai, irmãos ou tios) precisam procurar atendimento com um especialista aos 45 anos, porque fazem parte do grupo de risco, assim como os negros, que, segundo estudos, são mais propensos a desenvolver esse tipo de câncer mais cedo.
Em sua fase inicial, o câncer de próstata tem evolução silenciosa e não apresenta sintomas alarmantes. Por isso, é importante ir frequentemente ao urologista para diagnosticar a doença no começo.
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