Quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2025
A Polícia Federal cumpriu busca e apreensão contra um assessor da Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeito de vazar informações de investigação sobre o governador afastado de Tocantins, Wanderlei Barbosa.
A operação da PF foi solicitada pela própria PGR, que identificou acessos indevidos do assessor a um documento da investigação. Ele não tinha autorização para atuar no caso, por isso o acesso gerou suspeitas. A ação foi cumprida sob sigilo na última sexta-feira, 19, sem nenhuma divulgação pelos dois órgãos. O caso foi revelado pela revista “Piauí” e confirmado pelo Estadão.
O funcionário era Felipe Alexandre Wagner, que ocupava a função de assessor jurídico criminal na equipe responsável pelos casos que tramitam perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) – ele também já atuou nos casos dos atos antidemocráticos. Após a deflagração da ação, a PGR determinou sua exoneração.
A operação faz parte da Operação Sisamnes, que investiga suspeitas de vendas de decisões judiciais em diversas instâncias. Uma conversa obtida pela PF entre o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos, com o sobrinho do governador afastado de Tocantins, Thiago Barbosa, mostrava que eles obtiveram informações de investigação sigilosa e citavam uma fonte de Brasília de nome “Felipe” que trabalhava na PGR.
A partir disso, a PGR identificou os acessos indevidos a um dos processos e pediu a deflagração da ação policial.
Procurada, a PGR não quis se manifestar. O assessor ainda não foi localizado para se manifestar.
PGR denuncia Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo por coação à Justiça
A Procuradoria-Geral da República denunciou ao STF o deputado Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo por coação em processo judicial.
A denúncia analisou o relatório da Polícia Federal com áudios e mensagens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o deputado Eduardo Bolsonaro, do PL, e o blogueiro Paulo Figueiredo “induziram a adoção de medidas retaliatórias pelo governo norte-americano contra o Brasil e contra autoridades brasileiras, no intuito de compelir o Supremo Tribunal a encerrar os processos sem condenações, especialmente de Jair Bolsonaro, que já foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado.
A PGR também citou a suspensão de vistos de oito ministros do STF. Na época, o deputado Eduardo Bolsonaro publicou em uma rede social um agradecimento ao governo americano afirmando que “tem muito mais por vir”. No mesmo dia, Paulo Figueiredo publicou um vídeo em que afirmava que “era só o começo”. Com informações do portal Estadão.