Domingo, 20 de julho de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral A Procuradoria-Geral da República recorre de decisão que suspendeu as investigações sobre o senador José Serra

Compartilhe esta notícia:

O senador foi alvo de operações da Polícia Federal, que fez buscas e apreensões. Serra nega as acusações. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

A PGR (Procuradoria-Geral da República) recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, que suspendeu investigações da Operação Lava-Jato sobre o senador José Serra (PSDB-SP).

Toffoli atendeu a pedidos da defesa do senador durante o recesso do Judiciário, quando atuou em regime de plantão. A ordem do ministro paralisou duas apurações: uma sobre caixa dois na campanha e outra sobre suposta lavagem de dinheiro em obras do Rodoanel Sul, em São Paulo, quando ele era governador.

Nos dois casos, o senador foi alvo de operações da Polícia Federal, que fez buscas e apreensões. Serra nega as duas acusações.

O entendimento de Toffoli vale até que o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, analise o processo. Os advogados de Serra acionaram o STF sob o argumento de que, nos dois casos, ele tem direito ao foro privilegiado – ou seja, que devido ao mandato de senador, só poderia ser processado no âmbito do Supremo.

A Lava Jato em São Paulo pediu que a PGR recorresse ao STF para derrubar a decisão de Toffoli. A chefe da Lava Jato na PGR, Lindôra Araújo, questionou os despachos do presidente do STF que paralisaram as apurações.

No recurso, a chefe da Lava Jato afirma que não há violação da competência do STF nesses casos porque os fatos investigados não tem vínculo com a atividade parlamentar do tucano.

Lindôra afirma ainda que o endereço profissional do senador presta apoio a sua carreira política como um todo, inclusive em períodos em que Serra exerceu outros cargos – o que torna a busca neste endereço relevante para a eventual apreensão de provas, físicas e eletrônicas de interesse para a investigação.

A blindagem geográfica de algum domicílio próprio ou profissional de parlamentar não encontra amparo no Direito ou na lógica jurídica. Ora, se acaso, durante buscas destinadas a apurar fatos não relacionados com a atual função parlamentar, vierem a ser encontrados, fortuitamente, indícios de prática contemporânea de delito, aí sim, os autos poderão – e deverão – ser encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, para o exercício da sua competência”, afirmou a PGR.

Em nota, a defesa de Serra afirma que o MP insiste em “desrespeitar decisão do plenário do Supremo” sobre o foro privilegiado, ao recorrer, e que a Procuradoria-Geral da República “confessa a intenção de substituir o STF na averiguação de atos do parlamentar”.

É, mais uma vez, a Lava Jato tentando dizer ao Supremo o que ele deve ou não investigar, em claro desrespeito às decisões da Corte Suprema, aos mandatos eletivos, ao Direito de Defesa e a soberania da competência constitucional do próprio tribunal”, dizem os advogados. As informações são do portal de notícias G1.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Juiz pede a Bolsonaro uma vaga no Supremo para ele próprio
A Segunda Turma do Supremo determina a retirada da delação de Palocci de ação contra o ex-presidente Lula
https://www.osul.com.br/a-procuradoria-geral-da-republica-recorre-de-decisao-que-suspendeu-as-investigacoes-sobre-o-senador-jose-serra/ A Procuradoria-Geral da República recorre de decisão que suspendeu as investigações sobre o senador José Serra 2020-08-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar