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Por Redação O Sul | 11 de março de 2019
A produção de veículos no Brasil cresceu 20,5% em fevereiro ante igual mês do ano passado, informou na segunda-feira (11), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foram 257,2 mil unidades produzidas, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Trata-se do maior volume para o mês desde 2014.
Parte da expansão em relação a fevereiro do ano passado, contudo, se deve à diferença de dias úteis, uma vez que o carnaval do ano passado caiu em fevereiro, enquanto o deste ano foi em março.
O volume do segundo mês do ano, se comparado a janeiro, também mostra crescimento, de 29,9%. No acumulado do ano, a produção conta com alta de 5,3% em relação ao primeiro bimestre do ano passado, com a produção de 455,3 mil unidades.
Em empregos, foram 514 empregos gerados pelas montadoras em fevereiro. Em 12 meses, as empresas acumulam a criação de 546 postos de trabalho. O setor conta hoje com 130.967 funcionários, alta de 0,4% em relação a fevereiro do ano passado.
Exportação em unidades cai 38,9% em fevereiro
A exportação de veículos, em unidades, caiu 38,9% em fevereiro ante igual mês do ano passado, com a venda de 40,5 mil unidades ao exterior, informou a Anfavea. O volume, se comparado a janeiro, mostra crescimento de 61,8%. No acumulado do primeiro bimestre, foram exportados 65,5 mil veículos, recuo de 41,9% em relação a igual período do ano passado.
Em valores, a exportação somou US$ 712 milhões em fevereiro, queda de 40,8% ante o mesmo mês do ano passado, mas alta de 23,1% sobre janeiro. No acumulado do ano, são US$ 1,58 bilhão em exportações, baixa de 36% em comparação ao primeiro bimestre de 2018.
“Incentivo de Doria não resolve nossa maior preocupação”
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, afirmou que o incentivo criado para o setor pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é positivo, mas não resolve a maior preocupação da indústria de veículos no Estado, a acumulação de créditos no ICMS.
“Toda redução de carga tributária é bem-vinda, mas o programa do Doria não tem impacto de curto prazo, pois é voltado para novas fábricas, novos produtos, exige um tempo de maturação. E não resolve nossa maior preocupação, que são os créditos acumulados no ICMS, que é muito elevado e é importante que seja equacionado”, disse.
O programa anunciado na sexta-feira (08), por Doria oferece desconto de até 25% no ICMS para montadoras que anunciarem novos investimentos de pelo menos R$ 1 bilhão e a geração mínima de 400 empregos. Para chegar ao desconto máximo de 25%, as empresas teriam de investir pelo menos R$ 10 bilhões. A aplicação do desconto seria dado só em novas vendas de novos produtos. O governo não divulgou mais detalhes.