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Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2019
A inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), registrou queda de 0,04% em setembro. É o menor valor para o mês desde 1998, quando ficou em baixa de 0,22%. No mês de agosto de 2019, a taxa tinha apresentado alta de 0,11%. Em setembro do ano passado, o IPCA foi cresceu 0,48%.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De janeiro a setembro, o índice acumula alta de 2,49%. Em 12 meses, ficou em 2,89%, abaixo dos 3,43% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O resultado está dentro do limite da meta do governo, de manter a inflação em 4,25% no ano, com uma tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, ou seja, podendo variar entre 2,75% e 5,75%.
Em setembro, o índice foi puxado, principalmente, pelo grupo alimentação, com queda de 0,43%. O grupo artigos de residência recuou 0,76%. Os dois segmentos contribuíram negativamente para o índice do mês com menos 0,11 e menos 0,03 ponto percentual (p.p).
“O grupo alimentação e bebidas já tinha apresentado queda em agosto, de -0,35%, que se intensificou para -0,43%, pressionada pela desaceleração da alimentação fora de casa, associada à queda na alimentação no domicílio, que caiu pelo quinto mês consecutivo”, afirmou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
Entre os grupos que registraram alta o destaque ficou em saúde e cuidados pessoais, com variação positiva de 0,58%.
Juros x inflação
Para tentar controlar a inflação, o BC (Banco Central) pode usar a taxa de juros. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e estimular a queda de preços. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para impulsionar o consumo.
Na última reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC decidiu reduzir taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 6% para 5,5% ao ano. É a menor taxa desde que o Copom foi criado, em 1996.
Economistas consultados pelo Banco Central estimam que a inflação no país terminará o ano a 3,42%.