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Economia A recuperação da economia brasileira no segundo trimestre alcançou o consumo e os serviços, mas ainda deixou de fora o setor industrial

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Setor reabriu quase 36% das vagas fechadas desde o começo da pandemia. (Foto: Reprodução)

A recuperação da economia no segundo trimestre alcançou o consumo e os serviços, mas ainda deixou de fora o setor industrial. O consumo cresceu 1,4%, e os serviços, o outro lado da melhora de renda da população, subiram 0,6%.

Mas, contaminado pelo desempenho bastante negativo da construção civil, o setor industrial recuou 0,5% no trimestre, ante os primeiros três meses do ano. Na comparação com o mesmo período de 2016, a queda foi de 2,1%.

A construção recuou 2% no segundo trimestre, em relação ao primeiro trimestre – sexto tombo consecutivo. O setor está sendo afetado pelo menor número de obras públicas, em meio a um ajuste nas contas do governo, e pelo impacto da Operação Lava Jato sobre as construtoras. Também sente o efeito da lentidão nas vendas no setor imobiliário, envolto em aumento dos distratos de consumidores que decidiram devolver os imóveis.

O desempenho pesou sobre a indústria, ainda que o segmento de transformação tenha ficado estável (+0,1%) e o setor extrativo mineral tenha subido 0,4% no trimestre. Ambos estão escorados na produção voltada para o mercado externo.

Sozinho, o consumo responde por 65% do PIB, mas o sinal positivo ainda fraco nos demais setores coloca dúvidas sobre a disseminação da retomada econômica.

A agropecuária ficou no zero no segundo trimestre, efeito já esperado após a expansão forte no início do ano. Nos próximos meses, os efeitos da safra recorde de grãos vão se dissipar e não ajudarão mais a empurrar o PIB.

Os investimentos em queda (-0,7%) indicam que os empresários adiaram, mais uma vez, planos de elevar a capacidade de produção.

Porém, mais que o recuo em si, analistas observam que o resultado indicou reversão na tendência de quedas cada vez menores que se manteve por seis trimestres seguidos.

Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o investimento recuou 6,5%. Nos três primeiros meses, a queda fora de 3,5%.

Para o economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio) Fábio Bentes, o consumo deve melhorar à medida que o desemprego recuar. Taxas de juros menores e a liberação de novos empréstimos devem dar impulso às vendas do comércio.

As vendas do varejo subiram no segundo trimestre, com destaque para os setores de material de construção, vestuário e eletrodomésticos.

Bentes afirma, contudo, que o investimento é necessário para dar sustentação à retomada da economia.

“O consumo é o esqueleto da economia, mas o que faz o corpo caminhar é a musculatura dos investimentos.”

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