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Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2019
A população está dividida em relação à reforma da Previdência. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas MDA para a CNT (Confederação Nacional do Transporte) e divulgada nessa terça-feira, 45,6% da população rejeita a mudança nas regras do setor. Já 43,4% aprova (11% não soube ou não quis responder).
Encaminhado ao Congresso Nacional na semana passada, o projeto é considerada uma das principais apostas da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro para este ano. Nessa terça, ele se reuniu com líderes partidários para discutir a proposta.
Depois de quase dois meses desde a sua posse, Bolsonaro sinaliza ter percebido que precisa abrir um canal eficiente de diálogo com caciques do Legislativo, caso queira que os seus projetos avancem no Parlamento.
Pacote anticrime
O conjunto de medidas anticrime, idealizado pelo ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), é mais bem avaliado pela população. De acordo com o levantamento da CNT, 62% dos entrevistados aprovam o pacote, 18,8% reprovam e outros 19,2% não souberam ou não quiseram responder. O pacote também visto como outra grande aposta do governo.
Já o decreto que flexibiliza a posse de armas no país, editado em janeiro por Bolsonaro, é desaprovado pela maior parte da população. Conforme a pesquisa, 52,6% rejeitam a iniciativa, 42,9% aprovam e 4,5% não souberam ou não quiseram responder.
Ao todo, foram realizadas 2.002 entrevistas em 137 municípios de 25 Unidades da Federação entre os dias de 21 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, considerando o nível de confiança de 95%.
Outros temas
A pesquisa também mediu a expectativa da população para os próximos seis meses em relação a temas como emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. Dos entrevistados, 53,3% confiam que a segurança pública terá melhoras, 17,5% dizem que vai piorar e 26,3% acreditam que vai ficar igual.
Para 51,3% a emprego vai melhorar, 17,2% afirmam que vai piorar e 28,7% acreditam que ficará como está. Segundo 33,8% dos entrevistados, a renda mensal vai aumentar. Para 9,6% , vai diminuir e 51,2% dizem que vai ficar igual.
Dos 2.002 ouvidos, 41,7% acreditam que haverá melhora no atendimento à saúde, 19,2% acreditam que vai piorar e 36% não vê mudanças. Para 47,2%, a educação vai melhorar, 15,6% afirmam que vai piorar e 34,8% confiam que se manterá como está.
Foram tema de consulta, ainda, questões como reestruturação de ministérios e órgãos públicos, além da definição do novo salário-mínimo.
Para 62,2% dos entrevistados, foi positiva a reestruturação de ministérios e órgãos federais, 21,3% desaprovam. A elevação do mínimo para R$ 998 contou com 29,5% aprovação e 66,9% de desaprovação.
Em relação ao combate à corrupção, 48,3% avaliam que o governo federal busca cumprir as promessas de campanha, 21,6% avaliam que está pior do que o esperado e 20,6% consideram que está melhor.