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Política A rejeição de Fernando Haddad supera a de Bolsonaro no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País

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Haddad discursa no Centro do Rio de Janeiro. (Foto: Cláudio Kbene/Fotos Públicas)

A rejeição ao presidenciável do PT, Fernando Haddad, que subiu nacionalmente de 32% para 41% na pesquisa Datafolha divulgada na terça (2), cresceu em todas as regiões. Em três delas (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) ultrapassa a de Jair Bolsonaro (PSL), candidato que está à frente das pesquisas. O capitão reformado, no entanto, ainda tem uma rejeição maior quando se considera todo o País – é de 45%.

O Sul teve a maior alta nos números contrários a Haddad. Em relação à pesquisa divulgada na sexta (28), a porcentagem de eleitores que diziam não votar de jeito nenhum no petista pulou de 37% para 52%.

No Centro-Oeste e no Norte, essa rejeição cresceu nove pontos percentuais. Respectivamente, foi de 35% para 44% e de 25% para 34%. Já no Sudeste, foi de 39% para 47%.

Mesmo no Nordeste, onde o petista tem os melhores resultados, passou a ser rejeitado por 26% dos entrevistados, contra 21% da pesquisa anterior.

Já Bolsonaro se manteve com rejeição estável na maioria das regiões. No Norte (45%) e Sul (35%) se manteve igual e no Sudeste oscilou para baixo, de 42% para 41%.

O Nordeste registrou uma queda de 61% para 56%, enquanto no Centro-Oeste subiu de 36% para 42%.

Segundo o Datafolha, se a eleição ocorresse no momento em que a pesquisa foi feita, Bolsonaro e Haddad estariam no segundo turno.

O candidato do PSL tem 32% das intenções de voto, enquanto o do PT tem 21%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Foram realizadas 3.240 entrevistas presenciais em 225 municípios. O nível de confiança, que é a chance de retratar a realidade, é de 95%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-03147/2018 e foi contratada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Foco no eleitor mais pobre

A campanha de Fernando Haddad (PT) avalia que uma onda de voto evangélico se concretizou contra o petista e que o candidato precisa reforçar o canal direto com o eleitor mais pobre caso queira revertê-la e chegar ao segundo turno.

Em reunião na terça-feira (2), em São Paulo, integrantes da campanha do PT ao Planalto se debruçaram sobre pesquisas —inclusive as encomendadas pelo próprio partido— e identificaram um crescimento do apoio a Jair Bolsonaro (PSL), principalmente entre eleitoras mulheres, pobres e evangélicas, que ganham até dois salários mínimos.

Os resultados alarmaram o QG petista, que passou a temer uma vitória do capitão reformado do Exército ainda no primeiro turno caso seu crescimento não seja estancado.

Na avaliação de petistas, o último fim de semana de setembro marcou a entrada definitiva de líderes evangélicos na campanha presidencial, o que pode ter alimentado o sentimento anti-PT e as intenções de voto a favor de Bolsonaro.

No domingo (30), o bispo Edir Macedo, que comanda a Igreja Universal do Reino de Deus, declarou apoio ao capitão reformado. Nesta terça (2), foi a vez do presidente emérito da Assembleia de Deus – Ministério Belém, pastor José Wellington, anunciar voto em Bolsonaro.

Na opinião de auxiliares de Haddad, o movimento pode provocar um efeito cascata em outras denominações, que devem orientar o voto dos fiéis durante os cultos, por exemplo.

Aliados, no entanto, afirmam que essa não é uma “batalha perdida” e que, até domingo (7) – data do primeiro turno -, Haddad precisa focar o eleitorado mais pobre, com um discurso firme sobre economia, para tentar retomar o voto que historicamente foi de apoio ao PT.

O desafio até lá é o mesmo: o candidato tem que se despir de seu discurso habitualmente empolado e professoral e falar de maneira mais assertiva, diretamente para o povo, o que não funcionou no debate da Record, no domingo (30), por exemplo.

O evento da Rede Globo, na quinta-feira (4), o último antes do primeiro turno, é considerado “decisivo” para Haddad. Assessores dizem que ele precisa alcançar esse eleitor mais pobre, que já votou no ex-presidente Lula mas que, desta vez, está na órbita de Bolsonaro — ou até mesmo ainda não sabe que é ele o candidato do PT.

A campanha petista teme que a tendência de queda entre o eleitorado mais pobre, somada ao crescente antipetismo, coloque mais combustível na sensação de que Bolsonaro pode vencer no primeiro turno, impulsionando o voto útil anti-PT.

Esses eleitores poderiam sair de Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), por exemplo, que, juntos, hoje somam cerca de 20%.

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