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Brasil A relação entre os ministros Paulo Guedes e Rogério Marinho ficou irreconciliável, avaliam auxiliares de Bolsonaro

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Segundo eles, o governo deveria ter cortado gastos com emendas ao Orçamento que não têm nenhuma urgência. (Foto: Anderson Riedel/PR)

Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro já reconhecem que ficou irreconciliável a relação entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). A grande preocupação no núcleo do governo é com o sinal de desestabilização na condução econômica e com o debate público sobre a possibilidade de se furar o teto de gastos (regra que limita a despesa pública) para criar o Renda Cidadã.

Um ministro chegou a alertar que esse debate público só tira a credibilidade da política econômica e explicita a fragilidade da linha liberal do ministro Guedes. “Será preciso um freio de arrumação”, avaliou esse auxiliar de Bolsonaro.

O ministro Paulo Guedes, da Economia, disse não acreditar que o colega Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) tenha falado mal dele. Mas, segundo Guedes, se falou, é “despreparado”, “desleal” e “fura-teto”.

Guedes se referia a reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, segundo a qual, em um encontro fechado com investidores, Marinho teria afirmado que o ministro da Economia foi o autor da proposta — rechaçada pelo próprio Guedes — de usar recursos de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) para financiar o programa Renda Cidadã.

O primeiro alerta de que a relação estava em rota de colisão aconteceu na famosa reunião ministerial de 22 de abril, quando Guedes criticou publicamente o plano de investimento em infraestrutura, o Pró-Brasil – de até R$ 30 bilhões.

Na ocasião, Marinho chegou a defender que, na crise emergencial do coronavírus, ninguém poderia ficar preso a dogmas. Os dois expuseram as divergências quanto às diretrizes de políticas de investimento em infraestrutura para diminuir os efeitos da crise econômica causada pela pandemia de coronavírus.

Mais recentemente, em 11 de agosto, Guedes afirmou que os auxiliares que aconselham o presidente Jair Bolsonaro a “furar” a regra do teto de gastos estão levando o presidente para uma zona de impeachment. Já era uma referência indireta ao ministro Marinho.

Nos bastidores, um costuma criticar o outro em conversas reservadas. Nesses últimos meses, o ministro do Desenvolvimento Regional ganhou a confiança do presidente e se aproximou dele com a agenda de inauguração de obras pelo País.

Alvorada

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi um dos convidados para um churrasco promovido nesse sábado (3) pelo presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, segundo confirmou sua assessoria de imprensa. O encontro acontece um dia depois da briga pública entre Guedes e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. De acordo com a assessoria de Marinho, ele foi convidado para o almoço, mas permaneceu em São Paulo.

O churrasco teve a presença ainda dos ministros do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

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