Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo A reserva de dólares do Banco Central da Argentina não para de cair

Compartilhe esta notícia:

(Foto: Marcos Santos/USP Imagem)

A reserva de dólares do Banco Central da Argentina não para de cair, apesar das medidas de controle cambial adotadas pelo país nos últimos dias . Em pouco mais de um mês, o valor caiu de US$ 66,3 bilhões para US$ 50,2 bilhões. Só em setembro, a queda foi de US$ 3,9 bilhões. As informações são do jornal O Globo.

Mas o BC argentino tem uma quantia muito menor disponível para atuar no câmbio, se preciso. A maior parte das reservas argentinas está em ativos que não podem ser usados, como linhas de empréstimos chinesas, dinheiro do FMI (Fundo Monetário Internacional) e poupança de investidores locais.

Segundo estimativa de Siobhan Morden, chefe de estratégia de câmbio para a América Latina da Amherst Pierpont Securities, as reservas disponíveis do BC argentino em 31 de agosto somavam US$ 9,7 bilhões.

O banco central não publica dados oficiais sobre reservas líquidas. Porta-vozes do banco central e do Ministério da Fazenda não quiseram comentar.

A AR Partners, uma empresa de investimentos argentina, calcula que as reservas líquidas totalizam US$ 13 bilhões, abaixo dos US$ 18 bilhões estimados antes da nova crise cambial provocada pela inesperada derrota do presidente Mauricio Macri nas primárias de 11 de agosto.

Se os argentinos continuarem a vender pesos por dólares, é possível que a pressão nas reservas líquidas force o governo a implementar controles mais rígidos de capital já em outubro, segundo Ezequiel Zambaglione, chefe de estratégia da empresa argentina Balanz Capital.

Depois que os controles de capital foram anunciados este mês, os argentinos podem comprar no máximo US$ 10 mil por mês. Zambaglione estima que esse limite será reduzido.

O analista lembra que os argentinos temem uma repetição da crise de 2001, quando o governo impediu temporariamente que as pessoas sacassem dinheiro em caixas eletrônicos, no episódio conhecido como “corralito”.

Por isso, muitos sacam dólares com medo de novas restrições. Na Argentina, é comum haver depósitos em dólares, e não só em pesos.

“Não temos como aguentar mais por muitos meses com esse volume de reservas”, afirma Zambaglione.

Estima-se que muitos argentinos estejam guardando dinheiro em casa ou enviando sua poupança para o exterior.

Enquanto isso, o Fundo Monetário Internacional avalia se deve emprestar mais recursos ao país além da linha de crédito recorde de US$ 56 bilhões. No final de agosto, o governo argentino anunciou uma renegociação de sua dívida com o Fundo e com credores de alguns títulos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Vinte senadores se articulam para criar obstáculos ao projeto de reforma partidária
O interino na Receita Federal terá como desafio fazer mudanças no corpo técnico do Fisco, algo que não foi feito pelo seu antecessor
https://www.osul.com.br/a-reserva-de-dolares-do-banco-central-da-argentina-nao-para-de-cair/ A reserva de dólares do Banco Central da Argentina não para de cair 2019-09-14
Deixe seu comentário
Pode te interessar