Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2018
Um foguete Soyuz de fabricação russa colocou dois tripulantes em órbita nesta segunda-feira (3), iniciando a primeira viagem tripulada à Estação Espacial Internacional desde que uma missão em outubro foi abortada no ar devido a um defeito no foguete.
O voo Soyuz MS-11 decolou do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, carregando o cosmonauta russo Oleg Kononenko, a astronauta da Nasa Anne McClain, e David Saint-Jacques, da Agência Espacial Canadense.
De acordo com atualização da agência espacial americana, a Nasa, os astronautas já estão em órbita, e a missão deles na Estação Espacial Internacional deve durar seis meses e meio.
Acidente
No dia 11 de outubro, um foguete Soyuz-FG, que transportava o astronauta Nick Hague, da Nasa, e Alexei Ovchinin, da Roscosmos, falhou após dois minutos de voo, ativando um sistema de resgate automático que enviou sua cápsula para uma viagem íngreme de volta à Terra. Uma investigação russa atribuiu a falha a um sensor que foi danificado durante a montagem final do foguete.
Desde o acidente, quatro lançamentos bem-sucedidos da Soyuz foram realizados para limpar o caminho para o lançamento tripulado.
Lua
A última vez que uma nave espacial da Nasa pousou com segurança na Lua foi em dezembro de 1972. Quase meio século depois da Apollo 17, a agência espacial norte-americana anuncia planos para seus astronautas pisarem novamente no satélite natural.
A Nasa divulgou no final de novembro que está oferecendo até US$ 2,6 bilhões em contratos para nove empresas americanas levarem a agência de volta à superfície lunar, de acordo com reportagem da Business Insider.
Desta vez, contudo, a agência não vai comprar as naves, nem assumirá a responsabilidade pelo lançamento, pouso ou controle. Em vez disso, a Nasa quer que o setor privado lide com esses desafios e leve os experimentos para a Lua.
“Estamos fazendo algo nunca feito antes”, disse Jim Bridenstine, administrador da Nasa, durante uma transmissão ao vivo na última quinta-feira (30/11). “Quando formos à Lua, queremos ser um cliente de muitos clientes em um mercado robusto entre a Terra e seu satélite.”
Bridenstine acrescentou que o objetivo é aproveitar a demanda internacional emergente — tanto comercial quanto de agências espaciais de outros países — para pousar e explorar os recursos da Lua.
Ele prevê até US$ 2,6 bilhões em contratos potenciais (é improvável que todo esse dinheiro seja gasto) como uma maneira de estimular as empresas a “competirem em custo e inovação para a Nasa poder fazer mais do que jamais pôde fazer antes “.
O esforço é uma nova fase do programa comercial da Nasa, que visa incentivar missões comerciais à Lua. Bridenstine disse que a divisão científica da agência, não sua divisão de exploração humana, decidirá como o dinheiro será gasto.