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Brasil A Suíça promete enviar dados de novas contas de brasileiros lá

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Delegação de procuradores brasileiros foi à Suíça à procura de documentos em 2014. (Foto: Reprodução)

Nos escritórios de Lausanne do MP (Ministério Público) da Suíça, um tema é recorrente: o Brasil. Se os suíços já revelaram informações sobre ex-diretores da Petrobras, Odebrecht, operadores, doleiros e, mais recentemente, sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigadores próximos do caso dizem que há mais de cem contas congeladas e que não tiveram seus nomes publicados. O volume de dinheiro movimentado poderia chegar a 1 bilhão de reais.

Para pessoas próximas à investigação, o processo e envio de dados ao Brasil continuará em 2016. No mês que vem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fará uma viagem para Berna, no que acarretaria em novos anúncios sobre os resultados da cooperação entre os dois Ministérios Públicos.

Os suíços iniciaram a investigação sobre os ex-diretores da Petrobras ainda no final de 2013. Uma intensa colaboração foi iniciada com o Brasil e centenas de páginas de extratos bancários e informações começaram a ser enviadas ao País. Em novembro de 2014, os procuradores Orlando Martello, Deltan Dallagnol e Eduardo Pelella estiveram na Suíça à procura de documentos para as investigações da Operação Lava-Jato. Para pessoas próximas ao caso, foi a capacidade de confiscar as movimentações de milhões de dólares nas principais praças financeiras suíças que permitiu a Lava-Jato caminhar.

Do lado do Brasil, a delação premiada de diferentes autores alimentou a busca na Suíça. A cada nova revelação, os investigadores brasileiros acionavam os suíços que, então, ampliavam as buscas. A dimensão do inquérito ganhou tal dimensão que o “dossiê Petrobras” foi dividido em dezenas de subcasos.

Apuração

Para os suíços, a constatação é de que a onda de revelações não vai se secar por enquanto. Se muitos dos nomes dos envolvidos já são conhecidos, os investigadores garantem que mais de cem contas já bloqueadas ainda não tiveram seus detalhes revelados e que a apuração ainda continua para traçar a origem do dinheiro e seu destino final. Segundo as investigações, diversos operadores criaram uma rede complexa de empresas de fachada, fundos abertos em paraísos fiscais e camuflaram seus nomes para dificultar a busca de informações.

Ainda assim, uma parte substancial desse volume inicial de dinheiro congelado já começou a ser devolvido ao País – valores em contas de suspeitos que concordaram em fechar acordos de delação premiada. Até o momento, cerca de 390 milhões de reais foram repatriados ao Brasil, incluindo cerca de 189 milhões de reais pertencentes ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e outros 89 milhões de reais de Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento). No total, porém, os suíços confiscaram cerca de 400 milhões de dólares (1,5 bilhão de reais, ainda que nem todo o dinheiro tenha o direito de retornar ao Brasil, mesmo com as condenações). (AE)

tags: Brasil

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https://www.osul.com.br/a-suica-promete-enviar-dados-de-novas-contas-de-brasileiros-la/ A Suíça promete enviar dados de novas contas de brasileiros lá 2015-10-13
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