Terça-feira, 23 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Thunderstorm

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A taxa de transmissão do coronavírus no Brasil é a maior desde maio

Compartilhe esta notícia:

Índice que mede o ritmo de contágio (Rt) passou de 1,10, em 16 de novembro, para 1,30. (Foto: Reprodução/NIAID)

A taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus (Sars-CoV-2) para esta semana no Brasil é a maior desde maio, apontam dados do Imperial College de Londres, no Reino Unido. A atualização da estimativa foi divulgada nesta terça-feira (24) e se refere à semana que começou na segunda (23).

O relatório mostra que o índice está em 1,30. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem o vírus para outras 130 pessoas. Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,45) ou menor (Rt de 0,86). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 145 ou 86, respectivamente.

A última vez que a taxa de transmissão no Brasil esteve tão alta foi na semana de 24 de maio, quando atingiu 1,31, segundo dados levantados pelo portal de notícias G1. O valor máximo possível naquela data, considerando a margem de erro, foi de 1,34.

A última vez que a taxa máxima de transmissão no País foi maior do que a vista nesta semana foi na semana de 17 de maio. Naquela data, o Rt estava, de novo, em 1,30, mas o valor máximo podia chegar até 1,47, segundo a margem de erro.

Os cientistas apontam que “a notificação de mortes e casos no Brasil está mudando; os resultados devem ser interpretados com cautela”.

Simbolizado por Rt, o “ritmo de contágio” é um número que traduz o potencial de propagação de um vírus: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança.

Depois de ficar abaixo de 1 por cinco semanas seguidas – entre o final de setembro e o final de outubro – , a taxa no Brasil voltou a ficar acima de 1 no início de novembro.

Há duas semanas, o número ficou em 0,68, o menor valor desde abril – mas a data coincide com o apagão de dados que atrasou a atualização de casos e mortes por covid-19 pelo Ministério da Saúde. Como o Rt também considera esses dados, isso afeta as estimativas.

Segunda onda

Na segunda, pesquisadores brasileiros divulgaram uma nota técnica na qual, baseados em dados da pandemia do novo coronavírus no Brasil, afirmam que o país vive o “início de uma 2ª onda”.

Eles apontaram ao menos três fatores para o “aumento explosivo” ou “manutenção da grande circulação do vírus”:

– Falta de “testagem sistemática com rastreamento de casos”;

– falta de uma “política central coordenada, clara e eficaz de enfrentamento da situação”;

– “afrouxamento das medidas de isolamento sem evidências empíricas, sem uma análise cuidadosa por uma painel de especialistas”.

São Paulo

Além da estimativa do Imperial College de Londres, pesquisadores brasileiros também monitoram o Rt.

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) calcularam, para esta semana, um Rt de 1,64 para o estado de São Paulo. Eles preveem um provável aumento no número de infectados no estado.

Dados da Secretaria de Saúde do Estado mostram que as internações por covid-19 voltaram a crescer na última semana – com um aumento de 17% nas internações entre os dias 15 e 21 de novembro. O crescimento veio mesmo após aumento de 18% na semana anterior, de 8 a 14 de novembro.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Reconhecer o problema do racismo é o primeiro passo para o Brasil resolvê-lo, diz Michelle Bachelet
Criador do bordão “Alô, você!”, jornalista e apresentador Fernando Vannucci morre aos 69 anos
https://www.osul.com.br/a-taxa-de-transmissao-do-coronavirus-no-brasil-e-a-maior-desde-maio-aponta-o-imperial-college/ A taxa de transmissão do coronavírus no Brasil é a maior desde maio 2020-11-24
Deixe seu comentário
Pode te interessar