Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2020
A gigante japonesa de automóveis Toyota anunciou nesta quinta-feira (16) que investirá US$ 394 milhões (R$ 1,6 bilhão) na Joby Aviation, uma startup californiana que desenvolve uma aeronave elétrica para serviços de mobilidade sob demanda em áreas urbanas, uma espécie de táxi voador.
Feito no âmbito de uma captação de recursos de US$ 590 milhões (R$ 2,4 bilhões) pela Joby Aviation, este investimento é um sinal da intensificação dos esforços da Toyota para se transformar em gigante mundial de novas mobilidades.
“O transporte aéreo foi um objetivo de longo prazo para a Toyota. Embora continue operando no setor de automóveis, este acordo volta nosso olhar para o céu”, afirmou o presidente do fabricante japonês, Akio Toyoda, citado em um comunicado do grupo.
Apoiado por vários investidores estrangeiros e por empresas desde seu início, a Joby Aviation anunciou no mês passado uma associação com o gigante americano de veículos com motorista, a Uber. O objetivo é lançar um serviço de táxis voadores até 2023.
Futuro desconhecido
Fabricantes de veículos e empresas de tecnologia estão trabalhando para um futuro em que táxis robóticos autônomos tornarão menos necessário que os indivíduos tenham carro. A empresa com sede na cidade de Toyota, que comprou inicialmente uma participação pequena na Uber em 2016, está diversificando suas apostas para ter uma chance com essas novas tecnologias. Toyota disse que “não existe um caminho traçado para seguirmos” ao planejar o rumo para a mobilidade do futuro.
O relacionamento entre a Toyota e a Uber remonta pelo menos a 2013, quando motoristas da Uber começaram a obter financiamento com desconto para carros da Toyota. Assim como as empresas de aluguel tradicionais, como Avis Budget Group, a Toyota tenta vender serviços de gestão de frotas à Uber com base no volume de dados compilados dos carros conectados, que cresce rapidamente. Esses serviços incluem a capacidade de monitorar se um carro recebe manutenção adequada ou se é dirigido de forma muito agressiva.
“Ninguém sabe que tipo de oportunidades comerciais a economia do compartilhamento irá criar, então por enquanto a Toyota sente que precisa obter esse know-how”, disse Koji Endo, analista do setor automotivo da SBI Securities em Tóquio. “Eles não sabem que tipo de retorno a empresa pode esperar sobre seu investimento de US$ 1 bilhão (R$ 4,08 bilhões) na Grab. É como se estivessem tateando no escuro.”