Terça-feira, 17 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2021
Com distribuição a partir desta semana nas capitais brasileiras, a distribuição do primeiro lote de vacinas anticovid da farmacêutica norte-americana Pfizer adquirido pelo Ministério da Saúde exigirá logística especial, devido à exigência de baixíssimas temperaturas de conservação. Em Porto Alegre, a prefeitura utilizará ultrafreezers cedidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
São cerca de 20 congeladores com capacidade para 550 litros e que permitem guardar até 4 milhões de frascos na refrigeração adequada. Os equipamentos foram oferecidos à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) no começo do ano pela Pró-Reitoria de Pesquisa da instituição e estavam em unidades como Instituto de Ciências da Saúde e Faculdade de Agronomia. Cada um custa em média R$ 140 mil.
Desembarque
Na segunda (3) ou terça-feira, o Rio Grande do Sul deve receber o seu primeiro lote de vacinas contra o coronavírus do laboratório norte-americano Pfizer. A remessa tem 32,7 mil doses e, devido à necessidade de conservação a -80ºC, o imunizante será utilizado apenas em Porto Alegre, contemplando com a primeira injeção idosos e pessoas com comorbidades.
A maior diferença desta vacina para as que já estão em uso no Estado (Coronavac e Astrazeneca) é que as doses precisam ser mantidas congeladas na baixíssima temperatura, sendo necessário o uso de ultrafreezers. O seu transporte e armazenamento requer caixas próprias com 31 quilos de gelo seco, onde podem ficar armazenadas por até 30 dias, desde que o gelo seco seja trocado a cada cinco dias.
Na capital gaúcha, as doses ainda poderão ser mantidas por até 14 dias a -20ºC, temperatura atingida por um freezer comum. No momento em que já se encontrarem nos postos de saúde e nas salas de vacina, poderão ser mantidas por até cinco dias em refrigeração entre 2 e 8ºC (geladeira comum). Isso proporciona vida útil de até 49 dias após a retirada do ultrafreezer.
(Marcello Campos)