Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2019
O ministro das Comunicações da Venezuela, Jorge Rodríguez, voltou a acusar Brasil e Peru de participação no assalto a um batalhão no sul do país e disse que o presidente da Colômbia, Iván Duque, teria patrocinado o ataque, para desencadear um incidente que justificasse uma intervenção militar dos Estados Unidos. As informações são do portal de notícias G1.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil nega qualquer envolvimento na ação.
Segundo Jorge Rodríguez, o ataque de domingo (22) no estado de Bolívar (na fronteira com o Brasil) foi perpetrado por um “grupo de desertores (das Forças Armadas da Venezuela) protegidos, financiados e cobertos pela logística do governo de Iván Duque”.
O ministro disse ainda, em entrevista coletiva, que a intenção dos desertores seria promover atos terroristas em seu próprio país e, eventualmente, a derrubada de um avião da Força Aérea Colombiana, em território colombiano. “Para culpar a força armada bolivariana venezuelana. Para que os EUA pudessem intervir militarmente na Venezuelana”, acusou.
Rodriguez também apontou que o plano seria do deputado da oposição Gilber Caro, cuja prisão a oposição denunciou na sexta-feira passada. É a terceira vez que Caro é preso.
Segundo o governo de Nicolás Maduro, os desertores foram treinados na cidade colombiana de Cali (sudoeste) e de lá viajaram por estrada para o Equador – cujas autoridades Caracas pediu explicações -, para o Peru – onde obtiveram “prontidão logística”, segundo Rodriguez — e finalmente para a cidade brasileira de Pacaraima, na qual teriam ficado hospedados 15 dias e receberam “instruções e planejamento”.