Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 10 de outubro de 2019
O governo de Nicolás Maduro negou, nesta quinta-feira (10), que a Venezuela seja responsável pelo petróleo que atingiu praias do Nordeste do Brasil. A declaração vem após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, dizer que as manchas de óleo provavelmente estão relacionadas a produto da Venezuela.
Em comunicado divulgado em seu site, a PDVSA (estatal venezuelana de petróleo), disse que não recebeu nenhum relato de clientes ou subsidiárias sobre vazamentos de petróleo perto do Brasil. O texto também foi publicado no site do Ministério do Petróleo da Venezuela.
“Petróleos da Venezuela, S.A. [PDVSA] rechaça categoricamente as declarações do Ministro do Meio Ambiente da República Federativa do Brasil, Ricardo Salles, que acusa a República Bolivariana da Venezuela de ser responsável pelo petróleo bruto que polui as praias do nordeste do Brasil desde o início de setembro, considerando essas alegações infundadas, uma vez que não há evidências de derramamentos de óleo nos campos de petróleo da Venezuela que poderiam ter causado danos ao ecossistema marinho do país vizinho”.
“Não há evidências de vazamentos de petróleo nos campos de petróleo da Venezuela que possa ter causado danos ao ecossistema marinho de nosso vizinho”, continua o texto. “Consideramos as declarações infundadas”, disse o comunicado, observando que as manchas estavam localizados a cerca de 6.650 km de sua infraestrutura de petróleo.
Declarações de Salles
Na quarta-feira (09), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o petróleo que apareceu em centenas de quilômetros de praias em nove Estados do Nordeste é “muito provavelmente” da Venezuela. As autoridades investigam a origem do petróleo há mais de um mês.
Salles afirmou em uma audiência no Congresso que o vazamento, “acidental ou não”, provavelmente veio de um navio estrangeiro. O ministro foi o primeiro membro do governo Bolsonaro a citar o país vizinho como provável origem do petróleo.
Já o presidente Jair Bolsonaro disse, na terça-feira (08), suspeitar de que o derramamento fosse criminoso, mas não citou quem poderia estar por trás das manchas. “É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que estivesse afundando, por exemplo, estaria saindo ainda óleo. Parece que, não é mais fácil, parece que criminosamente algo foi despejado lá”, disse o presidente.