Quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de fevereiro de 2019
Cento e cinquenta e dois brasileiros de um total de 184 que estavam retidos na Venezuela foram liberados e regressaram ao Brasil. Cinquenta carros trazendo os brasileiros cruzaram a fronteira e foram levados para um posto onde receberam atendimento médico e avaliação, antes de seguir para Boa Vista, informou o Exército na noite desta terça-feira (26).
O grupo é composto por turistas e outros brasileiros que estavam em território venezuelano e não conseguiram retornar depois que a fronteira foi fechada por ordem do presidente Nicolás Maduro, na última quinta-feira. Os 32 caminhoneiros brasileiros que se encontram em solo venezuelano só deverão ser liberados nesta quarta-feira (27) porque precisam passar pela alfândega.
Os brasileiros gritaram e comemoraram a volta ao país.
As negociações que levaram à liberação dos brasileiros foram conduzidas pelo vice-cônsul brasileiro em Santa Elena, Weverton Oliveira. Mais cedo, o vice-cônsul chegou a atravessar a fronteira para o lado brasileiro em busca de medicamentos para atender a cerca de cem brasileiros que se encontravam na cidade venezuelana. Eram principalmente remédios para hipertensão, analgésicos e anti-inflamatórios.
Saída diplomática
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, reiterou nesta terça-feira (26) que o Brasil defende uma saída diplomática e política para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deixar o poder. Segundo ele, se for necessário haverá mais pressão para que o venezuelano abra mão da presidência em favor do interino, Juan Guaidó.
“O governo vai continuar naquilo que nós já colocamos. A nossa posição é usar a diplomacia como método, e as pressões políticas e econômicas necessárias até que o senhor Nicolás Maduro compreenda que é hora de ele se retirar”, disse o vice-presidente, após participar de cerimônia no Círculo Militar, na capital paulista.
Como militar, Mourão serviu na Venezuela e conviveu com integrantes das Forças Armadas, segundo ele, muitos “contrários às ideias” do presidente Hugo Chávez (morto em 2013). “Outros estão em situação complicada porque não concordam com o que está ocorrendo, são oficiais que quase estão reformados.”
Militares
Segundo o vice-presidente, a reforma da Previdência dos militares será feita por meio de projetos de lei, e não por medida provisória (MP), hipótese levantada pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL-GO).
“Vi que o líder do governo andou falando isso daí. Na realidade ela [a reforma dos militares] pode ser mandada por medida provisória, mas vai ser votada e encaminhada via projeto de lei, são cinco leis a serem alteradas”, disse.