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Mundo A volta por cima de Nancy Pelosi, a mulher mais poderosa dos Estados Unidos

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Presidente da Câmara fez de posições duras sobre a China um dos temas do seu mandato. (Foto: Reprodução)

Quando a congressista democrata Nancy Pelosi assumiu o cargo de presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, na quinta-feira (3), se tornou não apenas a terceira pessoa mais importante na linha de comando político do país, depois do presidente e do vice-presidente, mas também aquela que liderará a oposição a Donald Trump.

Adorada e odiada em igual medida, sua trajetória revela uma extraordinária habilidade de sobreviver na política.

Em 2007, ela fez história ao se tornar a primeira mulher a chefiar a Câmara dos EUA. Em 2010, quando os Democratas perderam a maioria na Casa, ela passou a liderar a oposição até retornar, agora, à presidência da Câmara.

Nancy terá a responsabilidade de comandar a pauta do Congresso americano e fiscalizar investigações contra Trump. Também deverá coordenar a estratégia dos democratas, que recuperaram o controle da Câmara dos Representantes nas eleições de novembro de 2018.

Futuros enfrentamentos

Este é o mais recente capítulo de uma mulher que cresceu numa família imersa na política, na costa Leste dos Estados Unidos, que conquistou reconhecimento entre os grupos mais liberais do Estado da Califórnia e que tem sido uma figura chave do partido Democrata por quase 15 anos.

A jornalista Elaine Povich, autora de uma biografia de Nancy, diz que “as pessoas se equivocam em subestimá-la”.

“Nunca aposte contra ela. (Nancy) Trabalha arduamente, é a mais organizada dos políticos e conta votos muito bem.”

Essas habilidades serão postas à prova nos próximos meses.

Um exemplo de como poderá ser a relação entre ela e Trump é o embate sobre a aprovação do orçamento americano de 2019. A democrata se recusa a destinar qualquer recurso para o muro que o presidente americano quer construir na fronteira com o México.

“Ela saiu desse duelo com o reconhecimento dos democratas, mas para muitos no espectro político de esquerda, esse é apenas o começo”, diz Zurcher.

O jornalista explica que dentro do próprio partido de Nancy há divergência sobre como agir em relação ao orçamento. Há quem peça uma supervisão contundente das ações de Trump, enquanto outros querem aprovar logo a legislação orçamentária para permitir que os membros do partido democrata utilizem esse feito para fins eleitorais.

As raízes

Nancy Pelosi cresceu em Baltimore, no Estado de Maryland, Leste dos Estados Unidos. O pai dela foi prefeito da cidade. Ela é a mais nove de sete irmãos – a única mulher.

Ela estudou em Washington, que fica perto de Baltimore, onde conheceu o marido, o financista Paul Pelosi. Os dois se mudaram para Manhattan, em Nova York, e depois para a cidade de San Francisco, na Califórnia. Tiveram cinco filhos, quatro meninas e um menino.

Carreira política

Em 1976, aproveitando-se das conexões políticas da família, Nancy ajudou ao então governador da Califórnia, Jerry Brown, que queria se lançar à Presidência, a ganhar as primárias do partido Democrata.
A partir daí, começou a trajetória de ascensão no partido e, em 1988, foi eleita deputada. Ela representava uma parte da cidade onde havia uma significativa comunidade gay e atuou fortemente na obtenção de financiamentos para pesquisas sobre o vírus HIV.

Também se envolveu numa longa batalha para transformar uma base militar em San Francisco num parque natural.

Em 2001, foi eleita chefe de um grupo parlamentar da Câmara dos Representantes. No ano seguinte, se tornou líder da oposição.

Ela foi uma das vozes mais críticas à invasão do Iraque, em 2003, e em 2005 ajudou a derrubar o projeto do ex-presidente George W. Bush de privatizar parcialmente o programa de aposentadoria administrado pelo governo.

O poder do cargo

A descrição das atribuições do posto de líder da Câmara está na Constituição norte-americana. Quem o ocupa passa a ser a segunda pessoa na linha de sucessão do presidente da República, depois apenas do vice-presidente.

O amplo gabinete destinado ao presidente da Câmara, com uma varanda com vista para o emblemático monumento a Washington, reflete o prestígio do cargo.

O partido com maioria na Câmara controla a agenda legislativa, além de estabelecer as regras para o debate das propostas.

Oposição interna

Nancy também teve que enfrentar oposição dentro do próprio partido – 16 parlamentares democratas pediram que ela fosse retirada da liderança do partido.

Sugeriram que havia chegado o momento de substituir a democrata, de 78 anos. Nas semanas que se seguiram, no entanto, ela conseguiu controlar a rebelião ao fazer uma concessão: um limite de oito anos à sua permanência na liderança do partido.

 

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