Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de junho de 2016
Com a derrota no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que aprovou o relatório favorável à sua cassação, o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aposta em novos recursos e manobras para anular os trabalhos do colegiado e obter uma punição mais branda.
Tudo porque, preservando o seu mandato, o peemedebista – réu na Operação Lava-Jato – manterá o foro privilegiado, evitando assim cair nas mãos do juiz federal Sérgio Moro.
Logo após a aprovação do parecer pela cassação (por 11 votos a nove), ele anunciou que ingressará com um recurso na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, responsável pela avaliação dos aspectos processuais do caso. Segundo Cunha, o Conselho conduziu o tema “com parcialidade e nulidades gritantes”. O polêmico parlamentar também não descarta ingressar com ações suspensivas no STF (Supremo Tribunal Federal).
Manobras
A votação no Plenário da Câmara poderá ocorrer em até cinco semanas, e a CCJ já começa a ser palco de manobras. Na terça-feira, antes da votação no Conselho de Ética, dois integrantes do colegiado foram substituídos por dois colegas favoráveis a Cunha.
“Eu jamais presenciei manobras tão vergonhosas”, protestou o deputado João Carlos Bacelar (PTN-BA).