Sábado, 14 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2020
Sistema atingiu a marca de 106 milhões de chaves cadastradas.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilEm quase um mês de funcionamento pleno, o Pix, novo sistema de pagamentos do BC (Banco Central), atingiu a marca de 106 milhões de chaves cadastradas. Segundo ele, a adesão à ferramenta, que permite transferências sem custos a pessoas físicas em até dez segundos, surpreendeu “positivamente” a autoridade monetária. A informação é do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que participou nesta quinta-feira (10) de evento virtual.
“O número de operações diárias hoje, eu, honestamente, que era mais otimista, achava que ia levar alguns meses. Talvez mais de um ano. Mas a gente atingiu em algumas semanas”, declarou Campos Neto, ao receber premiação em cerimônia virtual do Prêmio Destaque 2020 do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças).
As 106 milhões de chaves, explicou Campos Neto, equivalem a 44 milhões de pessoas e 3 milhões de empresas. Cada pessoa física pode cadastrar até cinco chaves Pix por instituição financeira. Para pessoas jurídicas, o limite aumenta para 20.
Segundo Campos Neto, o Pix continua atraindo o interesse da população, com cerca de 1 milhão de chaves cadastradas diariamente. “Isso mostra que as pessoas ainda estão engajadas”, comentou.
Chaves
A chave pode ser os números do CPF (pessoas) ou do CNPJ (empresas), e-mail, número de celular ou chave aleatória – sequência alfanumérica utilizada por usuários que não queiram vincular seus dados pessoais às informações de sua conta. O recebedor também pode gerar QR Codes para recebimento de pagamentos. Outra possível é fazer o pagamento ou a transferência sem a chave, mas neste caso, é preciso digitar os dados bancários do recebedor.
O Pix é gratuito para pessoas físicas nas operações de transferência e de compra. Cada conta de pessoa física pode ter até cinco chaves vinculadas.
No caso de pessoa jurídica, o máximo é de 20 chaves por conta. As instituições financeiras poderão cobrar tarifa das empresas tanto no envio como no recebimento de dinheiro por meio do Pix. Serviços acessórios ligados ao pagamento e ao recebimento de recursos também poderão ser tarifados.
Na última semana, o Banco Central e a Receita Federal anunciaram que as empresas podem quitar as contas com o Fisco por meio do Pix.