Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de julho de 2015
A Justiça do Piauí determinou a internação por três anos dos quatro adolescentes acusados pelo estupro coletivo em Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina), ocorrido no dia 27 de maio. A sentença também abrange as tentativas de homicídio de três jovens e o homicídio de uma delas.
A decisão saiu nesta quinta-feira (9). O prazo para a conclusão do processo terminaria no sábado (11). Os jovens vão ficar internados no Centro Educacional Masculino, em Teresina, onde devem cumprir a medida socioeducativa pelo período máximo previsto pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Crime
As adolescentes com idades entre 15 e 17 anos foram violentadas quando subiam o Morro do Garrote, ponto turístico da localidade. Elas foram dominadas por quatro adolescentes e Adão José da Silva Sousa, de 40, que as amarraram em árvores e espancaram com pontapés, pedradas e pauladas.
Após ficarem desacordadas, foram estupradas, arrastadas e jogadas de cima de um penhasco da altura de um prédio de três andares. Exames de DNA comprovaram a autoria do crime.
O Ministério Público do Piauí denunciou os menores à Justiça por atos infracionais análogos a estupro qualificado (contra menor de 18 anos), homicídio com cinco qualificadores (motivo torpe, tortura acometida por meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas, ocultação do crime de estupro e feminicídio), tentativa de homicídio e associação criminosa.
Já Sousa, o único adulto envolvido, foi denunciado por porte ilegal de arma, estupro qualificado, homicídio com as mesmas cinco qualificadoras, tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa com aumento de pena por envolvimento de menores. Caso seja condenado por todos os crimes, ele poderá pegar 151 anos e dez meses de prisão, segundo cálculos do Ministério Público.
A última das adolescentes, que foram vítimas do estupro, recebeu alta no dia 4 deste mês após mais de um mês de internação. Segundo o HUT (Hospital de Urgência de Teresina), a jovem ainda está na cidade, na casa de familiares, e passa por acompanhamento psicológico na rede de saúde na capital piauiense. (Folhapress)