Quarta-feira, 01 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de agosto de 2020
Os advogados da deputada federal Flordelis (PSD-RJ) entregaram, na manhã desta terça-feira (25), o passaporte da parlamentar à Justiça. De acordo com a decisão da juíza Nearis dos Santos Carvalho, da 3ª Vara Criminal de Niterói, Flordelis tinha 24 horas para entregar o documento.
Na segunda-feira (24), oito pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com o crime. Cinco são filhos de Flordelis, além de uma neta. Flordelis virou ré no processo e é apontada pela polícia e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como a mandante do crime.
O pastor Anderson do Carmo, marido de Flordelis, foi executado com mais de 30 tiros em junho de 2019.
Por ter imunidade parlamentar, Flordelis não pôde ser presa, mas está impedida de deixar o país. Agora, mensalmente, ela deve comparecer à Justiça para justificar as suas atividades e assinar o boletim de frequência.
Flordelis também está proibida pela Justiça de manter contato com qualquer testemunha ou réus no processo. A lista inclui seus sete filhos – dois filhos já estavam presos – e a neta presos pela Polícia Civil, além de testemunhas, como Márcio da Costa Paulo, o Márcio Buba; Gérson Conceição de Oliveira, o pastor Gérson, Gilcionéia Teixeira do Nascimento, a Neinha, e Lorrane dos Santos Oliveira.
A juíza Nearis recusou o pedido do Ministério Público estadual de afastamento de Flordelis da função de deputada federal por “ausência de fundamentação suficiente para tanto”.
A magistrada considerou que a função parlamentar ou como pastora não influenciaram na prática do crime e nem na continuidade de qualquer delito. A juíza também foi contra o pedido de monitoramento eletrônico por tornozeleira eletrônica.
Na decisão judicial, Nearis Carvalho afirma que as medidas não são necessárias por se saber os locais que Flordelis frequenta: a sua casa, na cidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio; as igrejas em São Gonçalo; e a Câmara dos Deputados, no Distrito Federal.
O advogado Anderson Rollemberg, que defende Flordelis, afirmou na segunda-feira não ver elementos que sustentem a denúncia contra ela. “Temos aqui o desfecho da segunda fase da investigação, em que a autoridade policial apontou que a deputada Flordelis seria a mandante deste crime. Ao ver da defesa, não há elementos, mínimos que fossem, para ela receber esse tratamento de ser indiciada, denunciada, como mandante desse terrível crime”, disse Rollemberg. As informações são do portal de notícias G1 e da Agência Brasil.