Sábado, 27 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Advogados pró-Lula atacam o juiz Sérgio Moro e a Operação Lava-Jato em lançamento de livro

Compartilhe esta notícia:

José Eduardo Cardozo fala durante evento de lançamento de livro. (Foto: Folhapress)

Com duras críticas ao juiz Sergio Moro e à Operação Lava Jato, advogados e especialistas em direito lançaram na noite desta segunda-feira (14) em São Paulo o livro “Comentários a uma Sentença Anunciada: o Processo Lula”.

Com 103 artigos, a obra reúne artigos que apontam problemas e equívocos na sentença que condenou o ex-presidente no caso do tríplex do Guarujá.

“Vivemos um momento terrível, doloroso”, afirmou no evento o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, um dos autores do livro. “Mas não podemos ficar com sentimento derrotista, porque isso não leva a nada.”

“Na minha opinião esse Moro não é um juiz”, seguiu Bandeira de Mello. “Só um louco faria condução coercitiva [de Lula] naquela situação. Ele nunca se opôs a prestar depoimento.”

Pedro Estevam Serrano, Weida Zancanner, Lênio Streck e o ex-ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) também escreveram textos.

Além de Cardozo, petistas como o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o vereador Eduardo Suplicy e o deputado federal Paulo Teixeira participaram do encontro com cerca de 200 pessoas, em um auditório da PUC-SP, em Perdizes (zona oeste).

“Estamos aqui para defender não um homem, mas uma causa, que é a da justiça”, disse Haddad. Ele também falou que é preciso “lutar para reverter a sentença e garantir Lula na urna em 2018”.

Para Suplicy, o livro “vai ajudar muito” o ex-presidente.

Tanto Lula quanto a ex-presidente Dilma Rousseff compareceram ao lançamento da obra na capital fluminense, na sexta-feira (11), na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Convidados para o evento em São Paulo, não puderam ir. Ele se prepara para iniciar uma caravana pelo Nordeste na quinta-feira (17); ela perdeu no fim de semana o ex-marido, Carlos Araújo.

A reportagem apurou que a defesa de Lula tem evitado se associar ao livro por considerar que há irregularidade de rigor técnico entre os textos. Os 122 autores convidados têm diferentes níveis de experiência.

A equipe que defende o petista não se opôs à publicação, mas também não fez manifestações públicas de apoio à obra.

No debate, os advogados do ex-presidente foram descritos pelo deputado Paulo Teixeira como “combativos e aguerridos”. “Foram humilhados nesse processo. Queremos demonstrar nossa solidariedade”, afirmou o parlamentar.

“Moro do bem”

Já há 22 eventos de lançamento marcados para as próximas semanas em várias cidades, segundo a advogada e professora Carol Proner, uma das organizadoras do livro.

Além de reimpressões, está sendo preparada a tradução da obra para o inglês, de acordo com ela. A tiragem inicial foi de 5.000 exemplares.

No evento em São Paulo foram disponibilizadas 200 unidades, a R$ 50 cada uma.

“Nós, juristas, estamos preocupados com a ordem jurídica no país, temendo um Estado de exceção”, afirmou Carol. “A preocupação é que se faça justiça fora do direito.”

Os títulos dos textos resumem o tom da compilação. Por exemplo: “Lula, o inimigo a ser combatido” (de Laio Correia Morais e Vitor Marques), “Moro e a morte do direito” (de Wadih Damous), “Nada sobrou do devido processo legal. A sentença é nula!” (de Rômulo Luis Veloso de Carvalho) e “Kafka é fichinha” (de Sergio Servulo).

Um dos autores presentes no lançamento foi o advogado trabalhista Luís Carlos Moro, apontado em discursos de colegas como “o Moro do bem”. Seu artigo é intitulado: “O supereu a ser superado”.

“O Moro do mal”, como foi chamado no evento o magistrado responsável pela Lava Jato em Curitiba, se tornou alvo nas falas.

“Ele [Moro] passou a ser um juiz a favor do golpe da presidente Dilma. Não foi mera casualidade”, disse no microfone o advogado criminalista Alberto Zacharias Toron ao relembrar a polêmica divulgação do áudio de um telefonema da ex-presidente a Lula. Para Toron, foi uma interceptação ilícita. (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O autor de atropelamento com morte na França tinha consumido drogas
Carta mostra que secretário-geral da Fifa recebeu pedido de transferência de 10 milhões de dólares sob suspeita
https://www.osul.com.br/advogados-pro-lula-atacam-o-juiz-sergio-moro-e-operacao-lava-jato-em-lancamento-de-livro/ Advogados pró-Lula atacam o juiz Sérgio Moro e a Operação Lava-Jato em lançamento de livro 2017-08-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar