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Política Abin paralela: políticos apontados como alvos de monitoramento ilegal reagem

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"Abin paralela" levantou inquéritos de políticos do Rio. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Políticos citados como monitorados ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), quando era chefiada por Alexandre Ramagem, no governo Bolsonaro, reagiram à possibilidade de terem sido espionados de forma criminosa.

Em uma reportagem foi divulgada uma lista 21 nomes monitorados, entre deputados, senadores, ministros dos governos Bolsonaro e de Luiz Inácio Lula da Silva e também ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). E até um ex-governador, João Doria, de São Paulo, que se manifestou com indignação.

“Denúncia apresentada pela TV Band revelou a grotesca espionagem da ‘Abin paralela’ junto a adversários políticos da família Bolsonaro. De acordo com essas denúncias, eu estava entre os espionados, durante o mandato como governador de São Paulo. Minha posição em defesa da vacina e das medidas protetivas contra a pandemia de covid, me colocaram em posição oposta a do então presidente da República. Minha repulsa a este comportamento sórdido e condenável, não apenas no meu caso, mas de todos aqueles que estavam sendo ilegalmente espionados. A atitude transcende questões políticas e atinge a própria essência da democracia. É preciso aprofundar as investigações e responsabilizar energicamente todos os responsáveis por esta afronta. O país exige transparência, integridade e respeito à sua Constituição”, afirmou Doria.

Nessa lista, há nove senadores que integraram a CPI da Covid, entre os quais o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL). Outro integrante da CPI que teria sido espionado é o Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, que afirmou que o episódio revela que a vitória de Lula salvou o Brasil do autoritarismo.

“As revelações, ainda extraoficiais, de um dos maiores esquemas de espionagem ilegal da história provam que a eleição de Lula não foi somente para defender a democracia, mas, principalmente, para restaurá-la. A violação dos direitos fundamentais à vida privada, à honra e ao sigilo pessoal remetem às páginas mais autoritárias e obscuras da história do Brasil e da humanidade. Quaisquer indícios de violações a tais direitos devem ser rigorosamente apuradas e punidas. Por ora, aguardamos manifestação oficial quanto às autoridades que foram bisbilhotadas pela arapongagem instaurada no governo anterior. Mas fica cada vez mais evidente que a eleição de Lula salvou o Brasil do abismo de um autoritarismo de proporções catastróficas”, registrou Rodrigues nas suas redes sociais.

Ex-ministro da Educação da gestão Bolsonaro, Abraham Weintraub também teria sido alvo dessa ação ilegal da Abin. Ele reagiu. “A Abin me investigou ilegalmente? Depois do que sofri nas mãos do comitê de “ética” da Presidência ou da PGR (Procuradoria-Geral da República) todos indicados por Bolsonaro…. Depois de ter sido ameaçado na véspera de Natal… Não estou surpreso. O bolsonarismo é uma lepra”, afirmou.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), outro integrante da CPI da Covid possível alvo da Abin de Ramagem, indignou-se. “Durante CPI da Covid denunciei no plenário do Senado que estava sendo vítima de espionagem. A imprensa divulga lista dos parlamentares espionados e lá está o meu nome, conforme eu havia denunciado. Agora que ocorram as punições para que fatos dessa natureza jamais se repitam”, disse o petista.

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