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Brasil A Polícia Federal concluiu que o agressor de Bolsonaro agiu sozinho no momento do crime e teve motivação política

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Diagnóstico anterior apontou que Adélio Bispo sofre de "transtorno delirante grave". (Foto: Reprodução)

Adélio Bispo de Oliveira, agressor do candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. O inquérito da PF (Polícia Federal), concluído nessa sexta-feira, afirma que ele agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”. Um segundo inquérito foi aberto para dar continuidade às apurações.

“No que tange à participação ou coautoria no local do evento, a partir de evidência colhidas, descarta-se o envolvimento de terceiros”, aponta o inquérito.

O ataque contra Bolsonaro aconteceu no dia 6 de setembro, quando o presidenciável participava de um ato de campanha, em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. O agressor foi preso em flagrante logo após o atentando e confessou a autoria do crime nas três ocasiões em que foi ouvido pela Polícia Federal.

Foram verificados mais de 250 gigabytes de informações em mídias, incluindo dados de celulares e do notebook do suspeito, assim como cerca de 600 documentos. A PF ainda teve acesso a mais de 6 mil mensagens instantâneas e 1.060 e-mails, que seguirão sendo analisados no segundo inquérito. Ainda há necessidade de novas quebras de, pelo menos, outros seis e-mails e três telefones usados pelo investigado.

Fotos dos locais

A investigação da Polícia Federal é coordenada pelo delegado Rodrigo Morais. Segundo a PF, antes do atentando, o investigado fotografou locais em que Bolsonaro estaria em Juiz de Fora, como a Câmara Municipal, e também um outdoor que anunciava a presença de Bolsonaro na cidade. Em outras fotos encontradas no celular de Adélio Bispo de Oliveira, “restou evidenciado que esteve acompanhando o presidenciável Jair Messias Bolsonaro durante todo o dia, tendo tido, inclusive, acesso a ao hotel em que estava programado um almoço com empresários”.

“Configuram-se, portanto, indubitavelmente, indícios robustos de que houve uma decisão prévia, reflexiva e arquitetada, por parte de Adélio Bispo de Oliveira para atentar contra a vida do candidato”, diz a PF. No computador, havia “arquivos relacionados a contatos de pessoas, partidos e organizações afinadas com a ideologia de esquerda”.

De acordo com a PF, outros eventos da vida pretérita levantam suspeitas quanto ao planejamento do crime. Entre eles, está o cadastro em uma escola de tiro, em Florianópolis (SC), frequentada por Carlos Bolsonaro. Segundo um dos depoimentos, no último dia de curso, o filho do candidato teria chegado à cidade. “Neste dia, (…) Adélio Bispo de Oliveira teria demonstrado comportamento estranho, sempre olhando para a porta, entre outras reações não usuais”, afirma o depoimento. A polícia informou que este episódio será aprofundado no outro inquérito.

“A escolha da arma do crime, por sua vez, pode ser atribuída a uma facilidade com o manejo de facas, uma vez que trabalhou com o uso desta ferramenta em açougue e em restaurantes”, conclui a polícia.

Durante as apurações, o sigilo bancário de Adélio Bispo de Oliveira também foi quebrado, mas os dados analisados “não trouxeram indicativos de aportes de recursos de suspeitos”.

A Polícia Federal chegou a colher depoimentos de possíveis outros envolvidos no crime, mas a participação no atentado não foi comprovada. Um deles é um homem que, segundo um colaborador da segurança de Bolsonaro, estaria com o agressor momentos antes do ataque e que teria comemorado após o crime. Entretanto, durante a investigação, segundo a PF, não foi possível apontar qualquer relação, vínculo ou conexão entre eles.

A hipótese de que uma mulher de óculos escuros teria repassado a faca usada no crime para um homem que, por sua vez, teria dado o objeto ao investigado também não foi constatada. De acordo com o inquérito, surgiram ainda várias postagens inverídicas em redes sociais, apontando outros manifestantes como coatores. Algumas pessoas, inclusive, foram espontaneamente à PF para prestar esclarecimentos e até registrar ocorrência porque passaram a ser insultados e ameaçados na internet.

O envolvimento de outras pessoas fora do local do crime ainda é apurado. “Impõe-se o prosseguimento da investigação com todos os recursos e meios disponíveis pelo estado, a fim de identificar eventuais pessoas ou grupos criminosos que possam supostamente ter atuado como mandantes, colaboradores materiais ou mesmo instigando ou induzindo o autor”. Por isso, nesta semana, o novo inquérito foi instaurado para dar prosseguimento as investigações. Segundo a polícia, a pena para o crime pelo qual Adélio Bispo de Oliveira foi indiciado é de três a dez anos de prisão e, em caso de lesão corporal grave, pode ser aumentada até o dobro.

 

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