Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de março de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Dois partidos estiveram próximos ontem. O PP na Assembleia Legislativa e o PCdoB na sede da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras, à rua Fernando Machado. Afora a circunstância dos locais, distanciam-se tanto que nem um binóculo ajuda.
Deu o previsto
O PP realizou pré-convenção, escolhendo o deputado Luiz Carlos Heinze como candidato ao governo do Estado. Obteve 1 mil e 123 votos. O novato Antonio Weck, seu oponente, somou 263 votos. Prova indiscutível de rejeição à tese de apoio ao PMDB ou ao PSDB, que ficariam com a cabeça de chapa, oferecendo o cargo de vice aos progressistas.
Nos discursos, ficou evidenciada a inconformidade com o tamanho do Estado, cuja estrutura cresceu, penalizou com impostos altos, administrou de forma equivocada, deixando de cumprir as funções básicas. Vários oradores enfatizaram que o modelo a ser retomado vai se basear na gestão do governador Jair Soares, pelos êxitos alcançados.
Tamanho do Estado
O PCdoB comemorou seus 96 anos de fundação e lançou a deputada estadual Manuela D’Ávila à Presidência da República. A candidata criticou os que defendem um Estado mínimo, acentuando que “ele é grande para os bancos, é grande para nos oprimir e fazer com que percamos as esperanças.”
Caldeirão vai ferver mais
Em São Paulo, ontem, Lula sugeriu o revide aos adversários.
Do jeito que se encaminha a campanha, alguns candidatos terão de requisitar a Força Nacional para deslocamentos e comícios.
Sejam claros ou desistam
Para os eleitores, a partir de agora, o essencial é saber o que cada candidato, em caso de vitória, fará ao assumir o governo. O resto é conversa fiada e perda de tempo.
Demoram demais
O problema da maioria dos governos estaduais recém empossados é que não conhecem a própria força. Com o passar dos meses, o desgaste torna difícil a aprovação no Legislativo dos projetos defendidos durante a campanha.
Não passará
Corre nos bastidores de Brasília que partidos da base aliada pretendem engordar o fundo eleitoral, que neste ano terá 1 bilhão e 700 milhões de reais em recursos públicos.
Mesmo que seja um balão de ensaio, precisa ser fulminado na arrancada por pressão da opinião pública.
Debate vai recomeçar
Os vereadores de Porto Alegre formarão, nos próximos dias, comissão que terá prazo de 90 dias para analisar o projeto de aumento do IPTU, que o prefeito Nelson Marchezan Júnior enviará à Câmara até o final de abril.
A bancada da situação tem 16 votos. Para aprovar o aumento, haverá necessidade de 19. A alternativa de Marchezan é obter apoio dos quatro vereadores do PT e dos três do PSOL. Basta que proponha o aumento progressivo, criando faixas mais elevadas para prédios em zonas consideradas nobres.
Para derrubar a burocracia
Só falta o Executivo assinar. A Câmara de Porto Alegre aprovou projeto que dispensa o reconhecimento de firma e autenticação de cópia de documentos expedidos no país, destinados a fazer prova em órgãos e entidades da Administração Municipal. Caso venha a ocorrer dúvida fundamentada quanto à autenticidade, poderá ser exigido o documento original ou a cópia autenticada.
O autor do projeto é o vereador Ricardo Gomes.
Evidência
Na briga entre Estados Unidos e China em torno de questões tarifárias, sabe-se que países serão os mariscos.
Outros tempos
A 25 de março de 1938, Osvaldo Aranha foi nomeado ministro do Exterior pelo presidente Getúlio Vargas. No discurso de posse, disse que “a diplomacia brasileira é uma escola de paz, de harmonia prática, boa vizinhança, igualdade dos povos e proteção dos fracos”.
Não precisou transferir a governos ditatoriais verbas do Tesouro Nacional, como fizeram governos do PT, e que nunca mais voltarão.
Diferença
Os políticos se dividem entre os que fazem contas e os que fazem de conta. O futuro está com os primeiros.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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