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Por Redação O Sul | 20 de fevereiro de 2018
Apesar das cogitações, o governo federal ainda não tem um nome para comandar o Ministério da Segurança Pública, cuja criação pretende formalizar nos próximos dias. Por esse motivo, o Palácio do Planalto está segurando o anúncio oficial da nova pasta, enquanto o presidente Michel Temer analisa indicações para o cargo.
De acordo com fontes ligadas ao primeiro escalão da República, o emedebista mantém o plano de anunciar já nesta semana o Ministério e o seu titular. Para isso, ele estar em São Paulo nesta quarta-feira para conversar com dois nomes indicados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Moraes, que comandou a pasta da Justiça no período de maio de 2016 (assim que a então presidenta Dilma Rousseff deixou o cargo em meio ao processo de impeachment) e fevereiro do ano passado, foi consultado pelo chefe do Executivo. Ele sugeriu duas possibilidades: o seu substituto na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Barbosa Filho, e o chefe da Polícia Civil do Estado, Youssef Abou Chahin.
No entanto, há no Planalto uma avaliação de que ainda falta aos dois indicados a característica de ser um nome nacional forte e reconhecido no combate ao crime, característica defendida por especialistas e aliados de Temer como algo essencial para o cargo. De acordo com fontes de Brasília, o nome de peso que o governo busca pode ser tanto um civil quanto, militar ou mesmo um jurista renomado, desde que entenda do setor.
Um dos nomes que surgem para serem avaliados é o do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen. Atualmente um dos homens-de-confiança mais próximos de Michel Temer, o militar foi o responsável por coordenar o plano de criação do próprio Ministério da Segurança Pública.
Chegou-se a sondar também o nome de José Mariano Beltrame, delegado aposentado da PF (Polícia Federal) e ex-secretário de segurança do Rio de Janeiro no período de janeiro de 2007 a 17 de outubro de 2016, durante os governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão. Ele já havia avisado que não aceitaria a incumbência, entretanto sinalizou mudar de ideia no ano passado, quando o governo pensou pela primeira vez em criar a pasta.
Jungmann
Outro nome “caseiro” que surgiu foi o do atual ministro da Defesa, Raul Jungmann. Uma fonte ligada ao Executivo Federal assegura que ele gostaria de assumir o desafio, mas encontrar um substituto à sua altura poderia ser mais difícil – dessa forma, a solução de um impasse poderia criar outro de igual ou maior nível de complexidade.
A criação do Ministério da Segurança Pública se dá ao mesmo tempo que a intervenção federal decretada por Temer na área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro na semana passada. Segundo a mesma fonte, teria sido ideal anunciar a intervenção juntamente com a criação do ministério, mas como não havia um nome garantido, preferiram não esperar para agir no Rio de Janeiro.