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Por Redação O Sul | 17 de maio de 2021
A Alemanha não limitará mais as vacinas contra coronavírus a grupos mais vulneráveis a partir de 7 de junho, abrindo caminho para toda a população adulta receber imunizações gratuitas desta data em diante, anunciou o ministro da Saúde, Jens Spahn, nesta segunda-feira (17).
A decisão de acabar com a priorização na campanha de vacinação alemã não significa que todos serão inoculados imediatamente em junho, disse Spahn, observando os gargalos de logística e suprimentos atuais.
Mas Spahn repetiu a promessa governamental de que todo cidadão que quer ser vacinado deve receber uma vacina contra covid-19 durante o verão.
Ele acrescentou que as autoridades já estão debatendo quando e como permitir vacinações contra covid-19 para adolescentes de 12 a 16 anos.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o organismo regulador de remédios da União Europeia, pretende aprovar a vacina contra covid-19 da Pfizer e da BioNTech para uso em adolescentes já a partir dos 12 anos em junho, possivelmente até ao final deste mês.
3ª dose
Presidente de comissão nacional de vacinação espera que, o mais tardar no ano que vem, o país terá que fazer nova campanha para reforçar imunização. As autoridades de saúde da Alemanha já contam que, o mais tardar no próximo ano, deverá ser necessária uma campanha nacional para a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a covid-19.
A previsão foi feita, em entrevista publicada pelo presidente da Comissão Permanente de Vacinação (Stiko), Thomas Mertens. Embora ainda não haja confirmação oficial a esse respeito, ele garantiu que as atuais doses aplicadas não serão as últimas.
“O vírus não vai nos deixar. As vacinas atuais não serão, portanto, as últimas”, disse Mertens aos jornais do grupo midiático Funke. “Basicamente, temos que estar preparados para o fato de que, possivelmente no próximo ano, todos terão que reforçar sua proteção vacinal.”
Mertens alertou ainda para o fato de poder ser necessária, com urgência, uma terceira dose caso surjam variantes para as quais as vacinas sejam ineficazes.
Se tais variantes surgirem, prosseguiu o especialista, será necessário adaptar as fórmulas às mutações e vacinar novamente os já imunizados. Ele citou como exemplo as vacinas da AstraZeneca e Johnson & Johnson, “que se mostraram menos eficazes com a variante detectada pela primeira vez na África do Sul”.
As empresas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, criadoras da vacina considerada a mais eficiente em evitar novos contágios, anunciaram recentemente que poderá ser necessária uma terceira dose para fortalecer a imunidade.