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Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2020
O atual prefeito de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil, do PSD, foi reeleito neste domingo (15) para os próximos quatro anos. Com 100% das urnas apuradas à 0h40, Kalil teve 63,36% dos votos. Foram 784.307 votos no total.
Bruno Engler (PRTB) ficou em segundo lugar com 9,95% (123.215 votos). João Vitor Xavier (Cidadania) ficou em terceiro, com 9,22% (114.130). E Áurea Carolina ficou em quarto, com 8,33% (103.115).
A eleição em Belo Horizonte teve 28,34% de abstenção, 4,25% votos brancos e 6,86% votos nulos. Em 2016, de acordo com o TSE, a abstenção na capital mineira foi de 21,66%.
Alexandre Kalil tem 61 anos, é casado, empresário e tem ensino superior incompleto. Ele tem um patrimônio declarado de R$ 3.689.634,19 e já foi presidente do Atlético-MG. O vice da chapa é Fuad Noman, do PSD, de 73 anos.
Os dois fazem parte da coligação “Coragem e Trabalho”, formada pelos partidos MDB, DC, PP, PV, REDE, AVANTE, PSD e PDT.
Kalil votou no Estadual Central, no bairro Lourdes, Região Centro-Sul da capital, na manhã deste domingo.
“Essa cidade não é brincadeira, temos que fazer muita coisa. Então, que Deus nos ajude”, disse aos jornalistas. Em seguida, ele foi para casa, onde acompanhou o resultado da apuração.
Desde o início das eleições, o candidato liderou todas as pesquisas. Na última, divulgada pelo Ibope no sábado (14), ele aparecia com 72% dos votos válidos. João Vitor Xavier estava em segundo lugar, com 9%.
Quibe
Nas eleições de 2016, Kalil concorreu a um cargo político pela primeira vez. Ele foi eleito prefeito de Belo Horizonte com 52,98% dos votos, derrotando João Leite (PSDB), que ficou com 47,02%. Antes, ele havia sido pré-candidato a deputado estadual, em 2014, quando desistiu do pleito.
“Acabou coxinha, acabou mortadela, o papo agora é quibe”, disse Kalil após o resultado da primeira eleição, fazendo referência à sua ascendência sírio-libanesa.
No mandato de 2017 a 2020, ele enfrentou dois grandes desafios: os períodos chuvosos e a pandemia de coronavírus.
Chuvas
Em 2018, Kalil reconheceu que houve erros no projeto apresentado para acabar com as enchentes na Avenida Vilarinho, que dá acesso às regiões Norte e de Venda Nova.
Em 2019, quando Cristina Pereira Matos, de 40 anos, e a filha dela, Sofia Pereira, de 6, morreram nesta avenida durante um temporal, Kalil disse que a responsabilidade era dele. “O prefeito é culpado por duas mortes e por um desaparecido. Vocês não sabem como dói isso no coração do prefeito”, afirmou na época.
Em 2020, Belo Horizonte teve o janeiro mais chuvoso da história. Ao longo do mês, diversos temporais castigaram a cidade, causando 13 mortes, enchentes, deslizamentos de terra e destruição de ruas e avenidas.