Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2019
A comunidade da escola estadual Professor Otávio de Souza, no bairro Jardim Botânico, Zona Leste de Porto Alegre, está orgulhosa: um trio de alunos do segundo ano do ensino médio da instituição desenvolveu um projeto de aplicativo que orienta o usuário com soluções simples – que podem ser feitas até mesmo em casa – para reduzir o custo de contas de luz e água, por exemplo.
Intitulado “Empreendimentos Sustentáveis”, o programa teve o seu protótipo classificado em terceiro lugar na Onda (Olimpíada Nacional de Aplicativos), organizada pela Uergs (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul). O prêmio foi entregue no Laboratório de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade Aberta do Brasil, em Gramado.
Gabriele Sparremberger, Pedro Braga e Nathan Castiglio ressaltam que a participação no evento foi muito importante para estimular ainda mais a criação do aplicativo: “A gente já tem novos projetos em mente, queremos sempre mais. Entramos com a cara-e-a-coragem e fomos evoluindo. Hoje, já penso em entrar em outros projetos, pois vejo que podemos chegar muito longe. Essa experiência foi ótima.”
Nos menus do “Empreendimentos Sustentáveis”, é possível conhecer de forma detalhada, por exemplo, soluções para a produção de microenergia eólica. Também há informações sobre como funciona o processo de captação de energia por meio de painéis solares, bem como a captação de água da chuva e de poços artesianos.
“Começo do zero”
O maior desafio, dizem os três, foi iniciar o projeto do zero. O procedimento de aprendizagem passou por momentos de erros e acertos, motivando a vontade de aprender, tornando a relação de professores e alunos mais próxima.
O professor de Química e orientador do projeto, João Paulo dos Santos, acredita que o incentivo à produção de materiais tecnológicos deixa consequências positivas para os alunos. Ele diz que já estão pensando em participar de outros projetos nessa área: “A gurizada fez um baita trabalho e nunca pensaram em desistir. Objetivo agora é tentar sempre incluir projetos com mais alunos”.
A professora de Letras e Literatura, Rosemari Rodrigues, ajudou a incentivar os alunos a participarem da Olimpíada. Ela viu a divulgação da iniciativa e a trouxe para a escola como uma forma de inclusão social, até por acreditar na agregação de conhecimentos para a vida: “Com essas propostas, podemos motivar outros alunos a se interessarem por esses temas”.
A escola pretende dar prosseguimento aos projetos de tecnologia. No foco dessa estratégia está a motivação adicional à participação dos alunos em ações que estimulem a desenvolver ferramentas de habilidades. O aplicativo ainda está em fase de construção e, em breve, será disponibilizado ao público em geral.
(Marcello Campos)